quarta-feira, 23 de maio de 2007

Paralisações em série marcam dia de protesto contra ataques do governo

Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) protestam contra as reformas de Lula

Paralisações, atraso na entrada dos trabalhadores e realização de passeatas. Começou assim o “Dia Nacional de Luta contra as Reformas do Governo Lula”, na manhã desta quarta-feira, nas fábricas de São José dos Campos e região. Nem a chuva fina e constante desanimou os manifestantes, que protestaram contra a possibilidade de perderem direitos como 13º salário, férias e a própria aposentadoria.

Os metalúrgicos da GM fizeram seu protesto com uma passeata de dois quilômetros, saindo do viaduto que dá acesso à Refinaria da Petrobras até a entrada da montadora. A produção da empresa foi atrasada em duas horas na entrada do primeiro turno. Muitos trabalhadores utilizaram guarda-chuvas para se protegerem na água fina que caía às 7 horas da manhã.

Na Bundy, do setor de autopeças, também houve atraso de uma hora na produção. Os trabalhadores da Embraer Eugênio de Melo e da Heatcraft aderiram ao dia de luta descendo dos ônibus e indo a pé às portarias de suas fábricas, num trajeto que demorou 40 minutos para ser percorrido.

Também houve paralisação na LG.Philips, Gerdau, Winnstal, Swissbras e Tecsat, em São José, e na Sadefem, em Jacareí. Em todas as assembléias os trabalhadores repudiaram as propostas que modificam a legislação e reduzem direitos históricos dos trabalhadores da ativa e aposentados. Adesivos contra as reformas foram distribuídos aos metalúrgicos. Faixas e pirulitos alusivos aos ataques do governo também fizeram parte das manifestações.

Repressão policial
Nem o forte aparato policial evitou que a mobilização dos trabalhadores fosse bem sucedida. Na Swissbras, empresa das Chácaras Reunidas, em São José dos Campos, a PM agiu com arbitrariedade e violência, apesar da adesão integral dos trabalhadores ao movimento. Os dirigentes sindicais, José Donizete de Almeida e Rosângela Calzavara, foram presos arbitrariamente.

“Mesmo com a repressão policial, nada pode ofuscar a marca desse dia nacional de mobilização, que dá um forte recado ao governo Lula de que os trabalhadores não aceitam redução de direitos”, disse o secretário-geral do Sindicato e membro da Conlutas nacional Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Protesto nacional
As ações na região do Vale do Paraíba se somam às realizadas por entidades de todo o país. Em Santos, houve bloqueio das rodovias Anchieta e Imigrantes. Na região de Campinas, houve paralisações na Bosch, Toyota e Honda (esta última estará em greve o dia inteiro).

Fonte: www.sindmetalsjc.org.br

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