terça-feira, 31 de julho de 2012

Três garotas contra o Czar



Três integrantes da banda punk Pussy Riots, formada por sete garotas russas, estão sendo julgadas pela justiça Russa e poderão ir para a cadeia. O motivo foi um protestado contra o presidente russo, Vladimir Putin, no altar da maior igreja do país. Sob a acusação de vandalismo e ódio religioso, as três integrantes podem ser condenadas a até sete anos de prisão pela canção “Virgem Maria, expulse Putin”. A música critica  o governo russo bem como a corrupção dentro da igreja ortodoxa.   O líder dos cristãos ortodoxos na Rússia, o Patriarca Kirill, envolvido em diversos escândalos de corrupção, cdisse que a banda cometeu uma “blasfêmia”.

Artistas e bandas como Sting e o Red Hot Chili Peppers já pediram liberdade às integrantes da banda. O tribunal de Moscou é acusado de boicotar os advogados da banda que antes mesmo da sessão, chegaram a acusar o judiciário de parcialidade. Ou seja, ao estilo "processos de Moscou", a banda já foi condenada antes do próprio julgamento. A sentença virá do Kremlin.   O “czar” russo quer dar um exemplo a todos que ousam desafiá-lo.  Recentemente Putim  enfrentou grandes protestos populares contra sua reeleição. Teme que seu destino se assemelhe aos dos ditadores derrubados pela primavera árabe.   

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Belo Monte: uma resposta a Wladimir Pomar


Na esquerda brasileira sempre houve um setor (especialmente oriundo da tradição estalinista) que faz apologia ao desenvolvimento capitalista brasileiro. Com o advento do governo do PT, quase todos esses setores passaram a exaltar a suposta política “desenvolvimentista” aplica pelos governos Lula e Dilma.

Um exemplo dessa postura pode ser visto em um artigo de Wladimir Pomar, postado  no Portal Correio da Cidadania durante a Rio+20. Nele, Pomar lamentou que a propaganda oficial de Belo Monte, exibida durante o evento ambiental tenha sido um “anúncio institucional tradicional sobre a grandeza da obra” . O jornalista opina que os promotores da obra perderam a oportunidade para afugentar os fantasmas que cercam a obra mostrando que, conforme suas palavras o “ impacto social previsto deverá ser mais positivo do que negativo, por incluir medidas de promoção do desenvolvimento econômico e social das populações indígenas e não-indígenas atingidas pela obra”

Emresposta a Wladimir Pomar, Rodolfo Salm, professor da UFPA (Universidade Federal do Pará) em Altamira, refutou cada uma dos supostos “benefícios” sociais que Belo Monte vai trazer, segundo Pomar. Mas vale uma crítica: faltou no texto de Rodolfo uma análise sobre a brutal superexploração a qual os operários de BM são submetidos. Algo que escapa totalmente também da análise de Pomar e da “propaganda institucional oficial”.


A verdade sobre Jirau


Ex-ajudante de obra da Usina Hidrelétrica de Jirau relata as condições de trabalho a que são submetidos os operários em Rondônia, além das torturas que sofreu quando foi preso pela policia por ser “suspeito” de atear fogo contra os alojamentos da obra.
O incêndio foi no dia 3 de abril, depois de uma greve realizada pelos operários. O ex-funcionário, o piauiense Raimundo Braga da Cruz Sousa, relata que foi abordado pela polícia quando tentava salvar seus pertences. Ele foi então levado para o alojamento dos encarregados e das mulheres para “interrogatório”: “Me jogaram num quarto e começaram a bater. Isso era por volta de 2h30 e ficou até 6h30 da manhã para eu dizer quem eram os tocador (SIC) de fogo, sem eu saber quem era. Todo esse tempo eu apanhei, de 2h30 até 6h30. Quando deu 6h30, mandaram eu olhar para eles e começaram a jogar gás de pimenta na minha cara. Aí num enxerguei mais nada. Cai no chão e começaram a me chutar”. Depois ele foi enviado para um presídio onde ficou preso por 15 dias em uma pequena cela com mais 6 detentos. Para saber mais leia a entrevista completa no Portal doObservatório de Investimentos da Amazônia.