sexta-feira, 13 de julho de 2012

Belo Monte: uma resposta a Wladimir Pomar


Na esquerda brasileira sempre houve um setor (especialmente oriundo da tradição estalinista) que faz apologia ao desenvolvimento capitalista brasileiro. Com o advento do governo do PT, quase todos esses setores passaram a exaltar a suposta política “desenvolvimentista” aplica pelos governos Lula e Dilma.

Um exemplo dessa postura pode ser visto em um artigo de Wladimir Pomar, postado  no Portal Correio da Cidadania durante a Rio+20. Nele, Pomar lamentou que a propaganda oficial de Belo Monte, exibida durante o evento ambiental tenha sido um “anúncio institucional tradicional sobre a grandeza da obra” . O jornalista opina que os promotores da obra perderam a oportunidade para afugentar os fantasmas que cercam a obra mostrando que, conforme suas palavras o “ impacto social previsto deverá ser mais positivo do que negativo, por incluir medidas de promoção do desenvolvimento econômico e social das populações indígenas e não-indígenas atingidas pela obra”

Emresposta a Wladimir Pomar, Rodolfo Salm, professor da UFPA (Universidade Federal do Pará) em Altamira, refutou cada uma dos supostos “benefícios” sociais que Belo Monte vai trazer, segundo Pomar. Mas vale uma crítica: faltou no texto de Rodolfo uma análise sobre a brutal superexploração a qual os operários de BM são submetidos. Algo que escapa totalmente também da análise de Pomar e da “propaganda institucional oficial”.


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