Na esquerda brasileira sempre houve um setor (especialmente
oriundo da tradição estalinista) que faz apologia ao desenvolvimento
capitalista brasileiro. Com o advento do governo do PT, quase todos esses
setores passaram a exaltar a suposta política “desenvolvimentista” aplica pelos
governos Lula e Dilma.
Um exemplo dessa postura pode ser visto em um artigo de Wladimir
Pomar, postado no Portal Correio da
Cidadania durante a Rio+20. Nele, Pomar lamentou que a propaganda oficial de
Belo Monte, exibida durante o evento ambiental tenha sido um “anúncio institucional
tradicional sobre a grandeza da obra” . O jornalista opina que os
promotores da obra perderam a oportunidade para afugentar os fantasmas que
cercam a obra mostrando que, conforme suas palavras o “ impacto social previsto
deverá ser mais positivo do que negativo, por incluir medidas de promoção do
desenvolvimento econômico e social das populações indígenas e não-indígenas
atingidas pela obra”
Emresposta a Wladimir Pomar, Rodolfo Salm, professor da UFPA
(Universidade Federal do Pará) em Altamira, refutou cada uma dos supostos “benefícios”
sociais que Belo Monte vai trazer, segundo Pomar. Mas vale uma crítica: faltou no texto de Rodolfo
uma análise sobre a brutal superexploração a qual os operários de BM são
submetidos. Algo que escapa totalmente também da análise de Pomar e da “propaganda
institucional oficial”.
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