quinta-feira, 31 de maio de 2007
Serra não recebe estudantes
A comissão de negociação dos manifestantes retornou há pouco do Palácio Bandeirantes. Como era de se esperar, o governo se recusou a permitir que a passeata continuasse até a sede do governo.
Reunidos em uma plenária no meio da avenida Francisco Morato, os participantes do protesto decidiram retornar à ocupação da Reitoria da USP. “O fato político já aconteceu, nós chamamos a atenção”, concluiu Marcio, estudante de Ciências Sociais da USP.
Segundo alguns órgãos de imprensa, a passeata de estudantes e funcionários da USP e de outras universidades paulistas reuniu cerca de 10 mil pessoas. Os manifestantes pretendiam entregar sua pauta de reivindicação ao governador, mas foram barrados pela polícia militar de São Paulo.
Na sexta-feira, dia 1° de junho, os estudantes da USP realizarão uma assembléia para discutir os rumos do movimento. A assembléia está marcada para as 18h.
Estudantes exigem ser recebidos por Serra
Por mais de quatro horas, um mar de estudantes ocupa a avenida Francisco Morato, na Zona Oeste de São Paulo. A lentidão no trânsito chega a mais de 100 Km. Enquanto a Comissão de Negociação dos manifestantes entrou no Palácio dos Bandeirantes, a segurança foi reforçada pela polícia militar, com o envio de mais efetivos da Tropa de Choque.
A situação indica que não haverá nenhuma flexibilidade por parte do governo. Policiais mandaram jornalistas se retirarem do meio da rua e irem para a calçada para impedir a cobertura da imprensa.
Acaba de chegar uma bateria e os ativistas estão animados. Não há nenhum sinal de que eles esmoreçam. Nem mesmo a fria noite paulista desanima os estudantes.
"O movimento vai permanecer aqui até ser recebido pelo governo. A conduta de Serra mostra explicitamente que ele não quer negociar” , disse Ellen Ruiz, da Conlute (Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes).
Ellen ainda dá um recado: estamos há quase um mês na reitoria da USP e podemos ficar o tempo necessário até que Serra nos receba”, disse.
Aumenta a tensão no protesto da USP e estaduais paulistas em São Paulo
Aumenta a tensão entre estudantes, funcionários das universidades paulistas e a polícia. Nesse momento, um estudante foi detido por policias.
O clima de tensão foi criado depois que cerca de 500 homens da PM impediram que uma passeata das universidades públicas paulistas de acessar a avenida Morumbi, na zona oeste de São Paulo, para chegar até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.
“É um absurdo impedir que uma manifestação pacífica como essa. Nosso objetivo é exigir do Serra a imediata suspensão dos decretos”, disse Gabriel Casoni, estudante da USP.
Os manifestantes continuam tentando furar o bloqueio de policiais da Força Tática. Os PMs chegaram a disparar gás pimenta contra alguns dos manifestantes. Também apontaram armas que disparam balas de borracha contra os estudantes e membros da imprensa.
No final da tarde dessa quinta-feira, uma comissão da manifestação está tentando ir até Palácio dos Bandeirantes para negociar a continuidade da passeata.
Passeata da USP é barrada pela polícia
A passeata dos estudantes e funcionários da USP, que reúne mais de 5 mil pessoas, foi barrada pela polícia militar de São Paulo. O objetivo dos manifestantes era chegar ao Palácio Bandeirantes, sede do governo paulista, para exigir que governador José Serra receba o movimento e retire os decretos que aprofundam a privatização das universidades estaduais.
No entanto, quando os manifestantes chegaram no cruzamento da avenida Francisco Morato com a avenida Morumbi, nas imediações do Palácio, a polícia impediu o avanço da caminhada.
O clima é tenso. Estudantes e funcionários estão parados no local desde as 14h. Há dezenas de policiais. A tropa de choque está enfileirada ao longo da avenida Morumbi até o Palácio. Serra se recusa a receber os manifestantes.
Os ativistas tentaram furar o bloqueio, mas foram reprimidos com gás. Nesse momento, os dirigentes da passeata estão tentando negociar com a polícia o prosseguimento da caminhada.
O decreto de Serra desencadeou a ocupação da reitoria da USP e a greve das universidades paulistas. No início da semana, a reitoria da Unesp também foi ocupada por estudantes.
Latuff e a ocupação da USP (2)
Video sobre o dia 23 em Fortaleza
quarta-feira, 30 de maio de 2007
PSTU blogando em Niterói
Mais um ponte de apoio aos revolucionários para "Ocupar, resistir e produzir na web. Nossos votos para que o blog de Niterói "incendeie" pra valer. :)
terça-feira, 29 de maio de 2007
Corrupto se mata no Japão
Na manhã de hoje, Shinichi Yamazaki, ex-diretor da Agência Japonesa de Recursos Verdes (J-Green), subordinada ao Ministério da Agricultura do Japão, também foi encontrado morto. Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, parece ser outro caso de suicídio. Ele teria se jogado do prédio onde morava, pois o corpo foi encontrado no estacionamento.
O suicídio, no Japão, não é tão raro e pode significar um pedido de desculpas ou uma forma de dizer “não tenho nada a ver com isso”. O fato é que as mortes complicam bastante a situação do governo japonês e podem esconder falcatruas ainda maiores.
A morte de Matsuoka desgastou ainda mais o premiê Shinzo Abe, com popularidade em queda desde que vieram à tona os escândalos de corrupção.
Se os corruptos brasileiros resolvessem seguir esse exemplo, faltaria corda...
Algumas pérolas do falecido ministro Matsuoka:
- Pediu reembolso de US$ 236 mil gastos, supostamente, na manutenção de seu escritório. O detalhe é que as despesas já são pagas pelo legislativo.
- Declarou ter gasto US$ 42 mil na compra de um filtro de purificação de água para o seu gabinete.
Assista ao presidente da UNE sendo rechaçado pelos estudantes da UFAL
A Frente de Luta Contra a Reforma Universitária de Alagoas publicou, também, uma matéria no CMI sobre o protesto. O titulo da nota resume o conteúdo do texto e do protesto: "Recepção do Movimento Estudantil da Ufal ao pelego-pilantra-capacho-do-governo-Lula Gustavo Petta, atual presidente da UNE".
As tarefas dos revolucionários na Venezuela
Não existe nenhuma possibilidade de que esse partido seja a ferramenta em que possam se expressar democrática e organizadamente as aspirações de transformação social das massas venezuelanas, porque ele está sendo construído desde o Estado para obter exatamente o contrário: controlar e engessar as massas. Chamar as massas a aderir ao PSUV, longe de impulsionar a mobilização autônoma, só contribui para acorrentá-las no "curral bonapartista" que está sendo construído pela burguesia para evitar, precisamente, essa mobilização.Leia ainda no Correio Internacional:
- Um exemplo histórico: o peronismo na década de 40 de Alejandro Iturbe
- Somos trabalhadores e não entraremos no PSUV, trechos da declaração do dia 8 de abril assinado pela Unidade Socialista dos Trabalhadores (UST) da Venezuela
Arrocho do Salário Mínimo faz parte do PAC
O projeto estabelece que os rejustes do Salário Mínimo terão que seguir a regra da soma do índice de inflação do ano anterior mais o índice de crescimento do PIB de dois anos antes. Em um país com baixo crescimento econômico, como o Brasil, isso significa porcentagens ridículas, impossibilitando um salário decente, que ao menos se aproxime do valor necessário, calculado pelo DIEESE.
Para se ter uma dimensão do arrocho do PL 01/07, cálculos indicam que se a lei já estivesse em vigor desde janeiro de 2006, o Salário Mínimo atual nem sequer poderia ser de R$ 380, teria que ser de R$ 351.
Clique neste link para acompanhar a tramitação do PL 01/07 no site da Câmara dos Deputados.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Latuff e a ocupação da USP
Presidente da UNE é rechaçado na ocupação da UFAL
Petta, logo desceu do carro, começou a ouvir os gritos dos estudantes que ocupam a reitoria desde o dia 24 de maio. Os manifestantes gritavam "Pelego!" e "UNE cara-de-pau, capacho do governo liberal" e seguravam uma faixa que dizia "A UNE não fala em nosso nome". Petta se retirou.
A ocupação segue forte.
Veja mente!
Acatado.
Estamos convocando a todos encaminhar e-mails de repúdio, exigindo retratação e direito de resposta aos estudantes. No mínimo vamos encher a caixa postal deles.
Envie seu e-mail de protesto para vejasp@abril.com.br.
domingo, 27 de maio de 2007
VEJA ataca os movimentos sociais em geral
Em pânico com a onda de lutas que percorreu o país no dia 23 de maio, a revista do Grupo Abril publicou uma matéria em sua edição 2010 atacando os movimentos sociais.
Em uma frase "exemplar", a revista destila todo seu ódio aos movimentos sociais: "A existência de movimentos sociais e estudantis é inevitável em nações democráticas, como o Brasil, ainda que a meta final desses grupos seja eliminar a democracia e instaurar uma ditadura socialista."
Ou seja, para VEJA, é difícil tolerar a existência dos movimentos sociais, que teriam como meta estabelecer uma "ditadura".
VEJA talvez esqueça que o fim da última ditadura concreta que tivemos neste país, a ditadura capitalista dos generais militares, se deu graças aos movimentos sociais, desde a explosão do movimento operário no ABC até a campanha das Diretas Já.
VEJA é muito ágil e vigorosa para cobrar "os rigores da lei" para punir os supostos "baderneiros" dos movimentos sociais, mas não teve a mesma agilidade e vigor em cobrar cumprimento à lei quando a Polícia Militar de São Paulo assassinou trabalhadores inocentes na sua atabalhoada "reação" aos ataques do PCC em 2006. Nem é ágil e vigorosa em cobrar o cumprimento das leis quando, na nossa "nação democrática", trabalhadores rurais são assassinados, no Pará, no Nordeste, ou pelos usineiros de São Paulo.
Blogosfera ocupada
Ocupação da reitoria da USP
O novo blog dos estudantes ocupados na reitoria da USP. O antigo blog apresentou problemas com o provedor Terra e a companheirada migrou pro noblogs. Ficou ainda melhor.
Barricadas
Blog atualizado pela Comissão Aberta de Comunicação da Greve dos estudantes e funcionários do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP. Na web desde 20 de maio e com 31 postagens até agora.
Parou Parou
Blog "não oficial" da greve no Instituto de Artes da Unicamp (IA-Unicamp). Na web desde 22 de maio.
Revoga, Serra!
Blog contra os decretos do governador José Serra. Na web desde o dia 20/05.
Visite também:
sábado, 26 de maio de 2007
Ocupação da USP é capa da Veja SP
A matéria assinada por "Alvaro Leme, Maria Paola de Salvo e Sandra Soares" é absolutamente asquerosa. Na visão dos "jornalistas" "um pequeno bando formado por cerca de 300 de seus quase 80.600 alunos (ou seja, menos de 0,5% do total) invadiu o prédio e ali acampou, ameaçando permanecer aquartelado até que uma lista com dezessete exigências, boa parte delas oportunista, fosse atendida".
Esse "bando" de "arruaceiros", "destruíram uma porta e depredaram as placas de identificação de algumas salas do edifício". E como se não bastasse o "grupelho" é formado por elementos "indiferentes à fedentina" que se "espalha pelos ambientes" vindos "principalmente dos dois banheiros" utilizados por eles. "Espalhados por um chão ensebado, coberto por pedaços de papel, casais namoravam, rapazes divertiam-se em jogos de carteado e mocinhas pintavam as unhas – alguns deles vestidos com camiseta de microscópicos partidos da esquerda radical, como o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o Partido da Causa Operária (PCO) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU)."
Mas que meninos malvados!
A Veja assim como toda a grande imprensa burguesa simplesmente representa os interesses de classe dos grandes grupos econômicos brasileiros que somente admitem que a juventude apareça estampada como mercadoria ou como "uma banda em uma propaganda de refrigerante". Lhes causa horror a força e a disposição de luta e de contestação dos estudantes. Para eles isso é o CAOS. Pois que venha o CAOS e destroce a ORDEM dominante burguesa.
Abaixo os decretos de Serra e a reforma universitária de Lula!
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Ocupação da USP no Jornal Nacional
Como sabem, motivados pela campanha da Globo contra a previdência pública abrimos um especial para falar das mentiras da emissora de TV. Mas é claro que a Globo não mente só em relação à previdência. Aqui um video da matéria do Jornal Nacional sobre a ocupação da USP. Numa matéria absolutamente superficial o âncora do JN, William Bonner, afirma que "a principal reivindicação é não prestar contar à sociedade".
Nasi na ocupação da USP
Video com a fala do Zé Maria no dia 23
Se alguém tiver algum outro video do dia 23, manda o "protesto" que a gente "arremessa" no blog.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Ocupação da USP no Jornal da Gazeta
Video em defesa da previdência pública
No Molotov pretendemos divulgar quaisquer iniciativas que se prestem a ajudar a esclarecer aos blogonautas que por aqui passarem. E aí vai uma delas: Há um mês atrás o usuáro RodCorreia subiu para sua conta no YouTube um video em defesa da Previdência Pública, realizado pelo ANDES, SINTRAJUD e CONLUTAS. Bom proveito.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Conversa "Fiada": A notícia mal contada
Não que as manifestações não tenham sido também contra a política do Serra e em defesa da educação pública. Mas daí a "esquecer" de dizer que Lula esteve no centro da berlinda... Desse jeito o Conversa Afiada está mais para Conversa Fiada.
Funcionalismo federal distribui jornal à população paulista
Foram, distribuídos sete mil exemplares. Estiveram na atividade setores em greve, como a Cultura, e representantes dos diversos sindicatos do funcionalismo.
MLST fecha pedágio por uma hora em Ribeirão Preto
Ativistas do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra), mesmo sob forte chuva, protestaram ocupando a rodovia Atílio Balbo, no quilômetro 332, na altura do pedágio que liga a cidade de Sertãozinho a Ribeirão. Cerca de 250 pessoas do movimento ocuparam a rodovia das 9h40 às 10h40, tomando a pista com bandeiras do movimento e contra os ataques feitos pelo governo Lula.
Estava prevista uma manifestação de estudantes no período da manhã, mas foi impossibilitada pela chuva forte. Algumas escolas, porém, foram paralisadas.
Assembléia da Apeoesp aprova moção de repúdio a Lula
Uma das decisões mais importantes da assembléia foi a aprovação de uma moção de repúdio contra a declaração de Lula contra a greve. O texto deverá ser amplamente divulgado e publicado em todos os materiais da Apeoesp.
Foi aprovada, ainda, uma moção de apoio aos estudantes da USP que ocupam a reitoria desde o dia 3 e uma caravana a Brasília em defesa da PEC 54, que define a estabilidade do funcionalismo. A próxima assembléia ocorre no dia 15 de junho.
Santa Catarina também é contra o governo e as reformas
A Conlutas teve uma presença de peso. Todos os setores do funcionalismo federal, que está em luta, estiveram na manifestação, bem como os trabalhadores da segurança pública que estão em greve, com uma coluna bastante significativa. Também participaram representações da CUT, UNE, MST e CSC (Corrente Sindical Classista).
A juventude também foi destaque na passeata, com um número grande de ativistas. E não foi só a juventude: o clima de mobilização levou às ruas de Florianópolis muitos antigos lutadores que se reanimam ao ver a luta crescer.
Joaninha de Oliveira, que falou representando a Conlutas, destacou a importante vitória da atividade. “Esta é uma luta vitoriosa que demonstra a disposição e a força dos trabalhadores para derrotar Lula e suas reformas”, disse. Ela ressaltou a importância da unidade construída apesar das diferenças políticas e fez um chamado aos setores governistas que estavam presentes a “romper com o governo, única forma de derrotar as reformas e combater os ataques”.
Ativistas bloqueiam BR-101 em Alagoas
O protesto contou com a participação de tribos indígenas que mostraram, mais uma vez, que são contra a transposição das águas do rio São Francisco. Estavam no ato, ainda, Conlutas, alguns Centros Acadêmicos da Ufal, Sindjus, Adufal, Simesc, Sintsep-AL, coletivo “Além do Mito”, coletivo feminista da Ufal, além dos partidos PSTU, PSOL, PCR e PCB.
O setor ainda atrelado ao governo, capitaneado pela CUT, não participou da atividade conjunta e preferiu realizar um protesto na Secretaria Municipal de Finanças. O ato governista manteve o foco na luta pela manutenção do veto presidencial à Emenda 3 e acompanhou uma manifestação estudantil contra a redução do direito à meia-passagem patrocinada pela prefeitura de Cícero Almeida (PP).
Fonte: Sindipetro-AL/SE
Repressão no ato de São Paulo
A tropa de choque da Polícia Militar foi rapidamente acionada e agiu, como já é hábito, com violência. Houve “empurra-empurra”, e a PM lançou gás pimenta contra os manifestantes, impedindo a entrada na Alesp.
Nesse momento, a sessão está suspensa momentaneamente. Uma comissão doa ativistas entrou e está negociando o cancelamento definitivo da votação, enquanto os demais aguardam em frente ao prédio.
Conlutas divulga boletim com relatório parcial das atividades
“De norte a sul do país, trabalhadores, sem-teto, sem-terra, estudantes, aposentados estão indo às ruas contra as reformas neoliberais do governo Lula, que retiram direitos históricos dos trabalhadores. São greves, passeatas, atos de protestos e até fechamento de estradas”, diz o texto que relata atividades em 13 estados somente na parte da manhã.
Trabalhadores e estudantes nas ruas de Salvador
Aproximadamente 3 mil pessoas participaram da passeata do dia 23, realizada no centro de Salvador. A manifestação teve como eixo central a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula. O ato foi construído com a presença de Conlutas, Intersindical, Conlute, CUT, CSC, Apub, Andes, APLB da Aduneb (Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Vigilantes, Fetrab, Sindicato dos comerciários, MSTS e os partidos de esquerda PSTU, PSOL, PCB e PCdoB.
“Esse ato vem como conseqüência do encontro que ocorreu em março e demonstra a necessidade de agregar as correntes políticas para lutar contra as reformas. O que está ocorrendo é a unificação das lutas”, avalia Lana Bleicher, do Andes.
A manifestação ocorreu num período em que a classe trabalhadora começa a ter os primeiros enfrentamentos com o governo Jaques Wagner (PT). Os professores, tanto universitários quanto de escolas secundaristas (esses em greve há mais de 20 dias), se incorporaram ao ato, somando forças para derrotar as políticas do governo federal e estadual, que continuam aplicando a política do Carlismo. “É preciso construir uma luta unificada dos servidores públicos para enfrentar o governo de Jacques Wagner que mantém as mesmas práticas e posturas que estiveram presentes na Bahia durante os 16 anos do PFL e do Carlismo”, afirmou Lucas Ribeiro, militante do PSTU.
Além de Lucas, o professor da Uneb e também militante do PSTU, Zacarias, provocou as direções governistas ao afirmar que “Wagner, em apenas cinco meses, já mostrou que governa para as elites”.
Velhas práticas
Ao final do ato, quando Cecília Amaral, da ASSIBGE e da Conlutas, pegou o microfone, começaram alguns problemas. Primeiro, os governistas tentaram impedir que ela falasse cutucando-a a todo instante. Depois, quando os ataques ao governo ficaram mais firmes e incisivos cortaram o microfone. No momento em que as pessoas, embaixo do carro de som, somado aos protestos da servidora, se manifestaram contra esse autoritarismo, que lembra as velhas maneiras stalinistas de resolver as diferenças, deixaram-na concluir.
“Nós, da Conlutas, estamos nas ruas contra as reformas do governo Lula que tiram direitos, estamos nas ruas contra o PAC que não traz benefícios para os trabalhadores, mas apenas para as elites e aos chefes do agronegócio. E não é possível que a CUT seja a correia de transmissão do governo no movimento”, concluiu.
Para desespero dos dirigentes da CUT, seguiram-se coros contra Lula e contra o governo como: “Ô Lula que traição, essa reforma é reforma do patrão”.
Rio de janeiro: 7 mil contra o governo
Cyro Garcia, militante do PSTU, coordenou o ato e disse que o “dia 23 foi uma grande vitória da classe trabalhadora e da juventude contra a política econômica do governo Lula e mostra que, categoricamente é possível fazer a luta contar o governo e derrotá-lo”.
Participaram da manifestação, além da Conlutas, setores da CUT e da Corrente Sindical Classista, ligada ao PCdoB.
O ato foi explicitamente contra a política do governo Lula e contra as reformas e ataques de Lula aos trabalhadores. As palavras-de-ordem mais cantadas foram “1, 2, 3, 4, 5 mil, ou param as reformas ou paramos o Brasil” e “sou servidor, quero respeito. Fazer greve é o meu direito”.
“No Rio, foi muito importante a unidade de ação, mas pra que essa luta se torne realmente conseqüente, é preciso que esses setores [CUT, CSC] rompam com o governo”, defendeu Cyro.
Ato em Belém reúne cinco mil e sofre repressão
O destaque do protesto ficou para os trabalhadores da construção civil. Cerca de 2.500 operários estiveram presentes na manifestação. Eles chegaram entoando palavras-de-ordem contra as reformas.
Violência policial não intimidou operários
Mal o dia raiou, os operários já estavam se reunindo em frente ao Sindicato da Construção Civil, filiado a Conlutas. Em seguida, os trabalhadores saíram realizando um arrastão paralisando vários canteiros de obras da capital e seguiram em direção a sede do sindicato dos empresários da construção. O objetivo era protocolar a proposta salarial dos trabalhadores junto à entidade patronal. Contudo, no meio do percurso, os operários foram violentamente reprimidos pelo esquadrão de Choque da Polícia Militar, que utilizou balas de borracha, bombas de efeito moral e gás pimenta contra os manifestantes.
Houve, também, a prisão de vários operários, entre eles um diretor do sindicato. A truculência deixou 14 operários feridos. Operários relatam que durante a ação, um policial, disse em conversa no celular que a “missão estava cumprida”. Ledo engano.
Mesmo com toda a repressão, os operários seguiram em passeata entoando palavras de ordem desafiando a polícia da governadora Ana Júlia, do PT: “Ana Júlia, presta atenção. Trabalhador vai lutar contra patrão”.
Depois que conseguiram protocolar sua proposta salarial, os trabalhadores seguiram em direção ao ato geral contra as reformas neoliberais. O protesto foi encerrado diante do prédio do INSS, no centro da capital.
“Os operários da construção deram uma demonstração de sua capacidade de mobilização. A selvagem repressão da PM não nos intimidou. Se Lula for adiante com suas reformas e os patrões daqui não atenderem nossas reivindicações salariais, os canteiros de obras vão parar”, afirmou Cleber Rabelo, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.
Frio e chuva acompanham a mobilização em São Paulo
– Sabe, se deus existir, só pode ser governista.
Campinas parou fábricas pela manhã e teve ato centralizado
A partir das 10h, várias categorias começaram a se concentrar no Largo do Rosário, na região central da cidade e seguiram em direção à prefeitura. Estavam presentes metalúrgicos, servidores municipais, estudantes secundaristas e universitários, trabalhadores de indústrias químicas e professores das escolas públicas estaduais. Havia cerca de 3 mil pessoas.
Cabe destacar que os servidores municipais presentes no ato estão em greve contra o plano de cargos e salários do prefeito Dr. Hélio (PDT).
Ativistas da USP chegam ao ato unificado
Começa o ato unificado em São Paulo
Durante a concentração, os organizadores deram informes das mobilizações em são Paulo e no resto do país. Dirceu Travesso, do Movimento Nacional de Oposição Bancária, ligado à Conlutas, e militante do PSTU, ressaltou que “isso indica a possibilidade real de derrotar esses ataques aos nossos direitos. Esse dia de luta não pode parar aqui, tem de continuar”.
Entidades falaram no carro de som, abrindo o ato. Entre elas, Conlutas, Intersindical, MST e CUT. Muitos dos ativistas vaiaram a CUT quando o presidente da central estava intervindo. A entidade havia realizado um ato de apoio ao governo na parte da manhã.
“Quem luta tem de saber contra quem esta lutando. Essa luta é contra os banqueiros, as multinacionais, o agronegócio e é contra Bush, que hoje estão representados pelos governos estaduais e por Lula”, disse Dirceu. “Temos de denunciar todos, de Serra a Lula. Esta é a tarefa”, concluiu.
Fatec-SP está parada
A medida de Serra engessa o orçamento destinado às instituições e abre caminho para a, cada vez maior, privatização do ensino. Não houve nenhuma aula pela manhã nem à tarde, tanto na Fatec quanto no Centro Paula Souza.
Uma parte dos manifestantes mantém o piquete em frente à faculdade e continua com o ato até a noite, quando será entregue a pauta de reivindicações à reitora da faculdade. O restante dos alunos foi para o ato unificado que ocorre na avenida Paulista.
Duas estradas são bloqueadas no Ceará. Ato em Fortaleza será às 18h
Estudantes da área de Humanas da UFC (Universidade Federal do Ceará) realizaram um ato contra o sucateamento do ensino na reitoria da universidade. Eles levaram ao reitor carteiras e bebedouros quebrados, e outros objetos que mostram as péssimas condições de infra-estrutura da instituição.
Logo mais, às 18h, um grande ato será realizado no centro de Fortaleza. Operários da construção civil estarão se dirigindo para o protesto com cerca de 13 ônibus. O Movimento de Luta dos Bairros e Favelas também se comprometeu em levar muitos ativistas. Todas as categorias que se mobilizaram nessa manhã também vão engrossar a manifestação.
Jacareí (SP) teve paralisação em fábrica e protesto de servidores
Em Jacareí, os protestos contra as reformas Sindical, Trabalhista e da Previdência do governo Lula também acontecem na manhã desta quarta-feira, dia 23.
Os trabalhadores do primeiro turno na Ambev (Brahma) fizeram uma assembléia com paralisação na entrada de 40 minutos. Segundo o diretor do Sindicato da Alimentação Joaquim Aristeu, houve diversos discursos contra as propostas de redução de direitos do governo e dos patrões.
Já o Sindicato dos Servidores de Jacareí fez panfletagem dirigida aos funcionários públicos e à população. Foram distribuídos materiais contra as reformas na SSM (Secretaria de Serviços Municipais), no setor de infra-estrutura, na URE (Unidade de Referência de Especialistas) e no Laboratório Municipal.
Na metalúrgica Sadefem, em Jacareí, os trabalhadores foram abordados nos ônibus sobre as atividades realizadas em todo o país contra os ataques aos direitos. Houve distribuição de jornais da Conlutas.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br
Agências do Banco do Brasil param em São Paulo
Na assembléia, a direção do Sindicado dos Bancários tentou transformar o eixo de mobilização para apoio ao governo e ao veto à Emenda 3. Os participantes, entretanto, votaram pela integração ao Dia Nacional de Mobilização.
Enfrentando-se com a decisão da assembléia, o sindicato participou do ato da CUT pela manhã. Enquanto isso, a Oposição Bancária, ligada à Conlutas, estava nas agências garantindo a paralisação.
Agências que pararam: Osasco, Penha, Guaianazes, Vila Assunção, USP, Paulista, Brigadeiro, Lapa e parte da agência Itaquera.
Pararam, também parcialmente, Gerel (Gerência Regional de Logística), no complexo São João, e o setor de tecnologia.
Manifestação pára centro de São José dos Campos
O protesto marca o dia nacional de luta contra as reformas neoliberais do governo Lula.
Ato reúne 4 mil em Porto Alegre
Trabalhadores da educação do Estado, ligados à Oposição Unificada, bloco de oposição à maioria da diretoria do Cpers (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Sul), se incorporaram ao protesto. Também estiveram presentes estudantes secundaristas e servidores federais.
Em seguida, os manifestantes se dirigiram ao prédio do INSS, localizado no centro da capital gaúcha, para realizar um protesto contra a reforma da Previdência que o governo Lula pretende implementar.
Os manifestantes também bloquearam as ruas próximas à prefeitura e ao INSS. Foi quando a Brigada Militar agiu com truculência e reprimiu os manifestantes. O confronto deixou várias pessoas feridas entre elas, ativistas da Conlutas. Alguns foram encaminhados ao hospital.
A ação brutal da polícia, entretanto, não impediu o bloqueio das ruas pelos manifestantes, e a resistência obrigou a polícia a recuar.
A CUT, como em outro lugares do país, resolveu realizar uma atividade à parte, limitada à defesa do veto à Emenda 3. No entanto, o ato cutista reuniu apenas 400 pessoas, muitas delas funcionários de sindicatos e dirigentes sindicais liberados.
Ato da CUT, em apoio ao governo, foi um fracasso
Separada do restante dos trabalhadores de São Paulo, a central resolveu fazer um ato de apoio ao governo Lula, reivindicando apenas o veto à Emenda 3. Os dirigentes que falaram no ato reduziram a reforma trabalhista de Lula à Emenda 3.
O secretário-geral da CUT nacional, Quintino Severo, disse que era preciso lutar contra o congresso que aprova medidas contra o povo, falsificando a realidade ao desconsiderar os projetos de ataque do governo, como a reforma da Previdência, a sindical e a trabalhista. A palavra-de-ordem cantada no ato foi “pode chover, pode molhar, que a Emenda 3 não vai passar”.
Participaram entidades como a CGTB; o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que não se moveram para paralisar as fábricas da região; o Sindiaeroespacial, sindicato fantasma da Embraer. O Sindicato dos Bancários de São Paulo também estava na atividade governista. Enquanto isso, os setores combativos da categoria estavam militando nas agências, para fazer valer a decisão de paralisação votada em assembléia na última terça-feira.
Em contrapartida, o ato convocado pelo Fórum Nacional de Mobilização, com a Conlutas à frente, já reunia cerca de mil pessoas por volta das 12h30. A atividade é contra as reformas do governo Lula e está marcada para começar às 14h.
Marisa Carvalho, direto da avenida Paulista
MST bloqueia estradas no Rio de Janeiro
Os trancamentos aconteceram a partir de 9h30 em Barra do Piraí, Cardoso Moreira (região sul) e Campos dos Goytacazes (norte fluminense) em protesto contra a política econômica do governo Lula e contra as reformas.
Além destas estradas, o dia 23 também contou com bloqueios na Dutra, na altura de São José dos Campos, e na Fernão Dias, no Sul de Minas Gerais.
Metroviários e professores param em Recife
Os professores da rede municipal e da rede estadual no ensino também estão parados. Os trabalhadores da educação estão em plena campanha salarial e se incorporaram massivamente a jornada de lutas contra as reformas neoliberais. Os funcionários, professores e estudantes das universidades federais também estão paralisados.
Na tarde desta quarta-feira, às 14h, está marcada um grande ato contra as reformas previdenciária e trabalhista na Praça do Carmo. Além da categorias que estão mobilizadas nesta data, sem-tetos também vão participar da atividade. A CUT, que inicialmente se comprometeu em participar do protesto, resolveu manobrar e dividir o movimento para realizar um ato limitado apenas à defesa do veto à Emenda 3. Tentam assim manter a defesa do governo Lula e não questionar o conjunto dos ataques aos direitos dos trabalhadores contido nas reformas de Lula/FMI.