Cerca de 1.000 pessoas realizaram, em frente ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), o ato contra o Reuni. Estudantes de vários estados estavam representados. Havia delegações das universidades que estão ocupadas. A principal delas é a UFRJ, mas também estão em luta a UFPR, e a UFBA. Uma delegação da Fundação Santo André (FSA), que está em greve há mais de um mês, também estava no ato.
“Olê, olê, olê, olá / esse Reuni não vai passar / ocupo reitoria para não privatizar” e “trabalhador e estudante / essa aliança nos leva adiante” foram algumas das palavras-de-ordem cantadas.
O presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, falou que o papel das reitorias, atualmente, tem sido o de impor o Reuni de forma autoritária, sem nenhuma discussão com a comunidade acadêmica. Em contrapartida, “o papel de cada universidade hoje deve ser o de recusar o Reuni”, disse.
Ele também informou que o governo ofereceu um reajuste maior aos professores que fazem 20 horas do que aos que cumprem regime integral. Essa política é parte da estratégia de impor o Reuni, abdicando da dedicação integral de seus profissionais.
Camila Lisboa, estudante da Unicamp e membro da Conlute, falou no carro de som: “esse ano, a luta nos mostrou que é preciso barrar os ataques do governo contra as universidades”. Ela citou uma série de ocupações que já ocorreram – começando pela da USP – e outras que estão em andamento.
A busca de uma alternativa para o movimento estudantil foi outro tema citado. “Diante da burocratização e da falência da UNE, precisamos construir a unidade dos estudantes numa frente de luta”, disse Camila. E concluiu: “o desafio do movimento estudantil hoje é impulsionar a construção de uma nova entidade”. Ao final, puxou a palavra-de-ordem “quem ocupou, quem vai lutar / nova entidade vai fundar”.
A bandeira da Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes, a Conlute, foi hasteada no mastro do ministério.
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