quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ato no Ministério da Previdência acontece neste momento

Em frente ao Ministério da Previdência, acontece o ponto alto da Marcha: o ato contra a reforma da Previdência.

A abertura do protesto teve uma divertida performance artística realizada pelo Sindicato dos Servidores Federais de São Paulo (Sindsef-SP). Atores vestidos de “deputados-pizzaiolos” cercavam um curioso casal que dançava um tango: o ator representava Renan Calheiros e a atriz, a “dama da corrupção”. Um casal inseparável!

Em seguida, começaram as falas. Benedito Marcílio, da Confederação Brasileiras de Aposentados e Pensionistas (Cobap) lembrou que não é verdadeiro o discurso do governo de que a que a Previdência é deficitária. Ele informou que, desde 2002, foram R$ 250 bilhões de superávit. Só em 2006, foram R$ 40 bilhões. “Não precisamos de uma nova reforma da Previdência, mas sim que este governo cumpra a Constituição e os capítulos para a manutenção e sustentação da Previdência e da Seguridade Social”, disse.



Das Pastorais Sociais de São Paulo, Vademar Rossi, classificou as reformas neoliberais como “traição aos direitos dos trabalhadores”. Ele disse, ainda, que as reformas são mais do que isso: “são traição daquele clima de esperança do povo brasileiro que elegeu este governo e esperava as transformações sociais, mas, infelizmente, ele caminhou para outro rumo, organizando a traição e o roubo de direitos que construímos com tanta luta. Não vamos aceitar pacificamente esta traição, estamos dispostos a parar este país se for preciso para que nossos direitos sejam respeitados”.

Representando o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a ex-senadora Heloisa Helena disse que seu partido “está junto com todos os partidos e movimentos sociais, juntando forças políticas pra dizer bem alto fora todos os corruptos que roubam dinheiro do povo, fora os corruptos que dão sustentação a esse sistema e tem a ousadia de querer aprovar reformas neoliberais, roubando mais uma vez o povo”. Ao fim de sua fala, os manifestantes gritaram a palavra-de-ordem “um, dois, três, quatro, cinco mil / ou pára estas reformas ou paramos o Brasil”.

Luís Carlos Prates, o Mancha, dirigente do PSTU, saudou os lutadores que viajaram milhares de quilômetros para fazer o maior ato contra o governo Lula. “Esses trabalhadores venderam e compraram bônus pra financiar a marcha, construíram juntos a marcha, esta marcha que não tem dinheiro do FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador], que é feita com a contribuição do trabalhador”, disse.

Mancha falou que o governo Lula serve aos banqueiros. Diante disso, “só tem um caminho para derrotar as reformas neoliberais, esta famigerada reforma da Previdência. Este caminho não é o conchavo dentro do Congresso. É a ação direta, a mobilização”.

E concluiu: “este ano, comemoramos 90 anos da Revolução Russa e hoje é necessário retomar a perspectiva da revolução. É preciso uma revolução socialista neste país! O socialismo não morreu, e esta manifestação é demonstração clara disso. Viva a Revolução Russa! Viva a luta dos trabalhadores brasileiros!”.

Um comentário:

Pedro Aparecido de Souza disse...

De Mato Grosso sairam dois ônibus. São mais de 20 horas de viagem.
Mas pelas fotos valeu a pena.
Estamos mudando o jogo.
Chega de retirada de direitos.
Um Governo Federal corrupto e um Congresso corrupto não podem tirar o direito de quem trabalho.
Retirar direitos previdenciários NÃO!
CHEga

Pedro Aparecido de Souza
pedroaparecido