A luta em defesa da educação esteve presente em todo o ato. O movimento estudantil entrou numa nova fase. A ocupação da reitoria da USP, em maio deste ano, inaugurou uma série de ocupações em todo o país. Neste momento, estudantes lutam contra a privatização do ensino – que se acelerou sob o governo Lula –, contra o Reuni e pela qualidade e gratuidade do ensino, luta que se materializa nas reivindicações por salas de aulas, professores, laboratórios, etc.
Paulo Rizzo, presidente do Andes-SN, entidade representativa dos docentes das universidades federais, saudou manifestação e disse que muitos companheiros não puderam estar presentes, especialmente estudantes de dezenas de universidades federais, que hoje estão lutando contra o Reuni, ocupando reitorias. “A luta contra a reforma do ensino superior é importante porque os filhos dos trabalhadores não precisam apenas de mais vagas nas escolas, mas sim em escolas públicas, gratuitas e de qualidade”, disse.
Camila Lisboa, estudante da Unicamp e membro da Conlute, ressaltou: “se no primeiro semestre a gente construiu uma grande ocupação na USP contra os decretos de Serra, no segundo semestre, as federais estão ocupando contra o Reuni, contra os decretos do Lula. Enquanto isso, a UNE está a favor do governo, a favor do Reuni, contra as lutas dos estudantes. E a juventude também está junto com os trabalhadores contra as reformas que retiram direitos”.
Ela encerrou sua fala puxando a palavra-de-ordem “olê, olê, olê, olá / esse Reuni não vai passar / ocupo reitoria para não privatizar”. Ela foi seguida pelos trabalhadores que cantaram junto.
Estudantes e docentes espalharam espantalhos na Esplanada contra o Reuni. O ato simbólico foi uma referência ao filme O Mágico de Oz, à cena em que o Mágico dá ao Espantalho um diploma (que não tem valor). Este lhe responde: “para que eu quero um diploma se não tenho cérebro?”.
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