Segue trecho:
Os bolcheviques não eram mais do que 12 mil militantes, em todo país. Mas no auge do ascenso de massas, distribuíam mais de dois milhões de exemplares de seu jornal, de forma clandestina, nas fábricas, colégios, escolas, campos e construções. Atuavam organizados em células, de 8 a 12 pessoas. Mas essas células estavam organizadas no interior da classe trabalhadora, seja nos espaços das fábricas, nas comunidades onde moravam os camponeses, nos quartéis, nas escolas e nos espaços intelectuais. Seu objetivo principal não era apenas fazer luta ideológica ou se transformar num grupelho iluminado. Sua tarefa era organizar o povo. Organizar as ações de massa. Conviver no meio do povo, sentir suas necessidades e organizar a luta social para resolver seus problemas. Eram os verdadeiros “fermentos” no meio da massa. Para organizá-la, agitá-la e dirigi-la para a luta. E o caráter conspirativo e clandestino que as condições exigiam, talvez tenha contribuído para um espírito de humildade maior do que se vê nos dias atuais. Muitos de nossos militantes, muitas vezes se propõem a organizar o povo, já tendo como desvio pequeno-burguês de querer liderá-los. Os líderes não se candidatam. O povo escolhe a partir da confiança construída no dia-a-dia da luta.
Agiam com profissionalismo na divisão de tarefas. Tinham um profundo espírito de sacrifício, que implicava realizar suas tarefas militantes na clandestinidade, nos horários de folga do duro trabalho. Muitas vezes em condições insalubres do rigoroso inverno russo. Atuavam com um amor à causa impressionante.
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