Na primeira reportatem da série, entitulada "O drama da informalidade no Brasil", o JN não teve a menor cerimônia em afirmar que para que 46,6% dos trabalhadores ocupados usufram de uma série de "benefícios", outros 53,4% tem que pagar a conta, vivendo na informalidade. Os "benefícios" a que se refere a reportagem são "férias, gratificação de um terço do salário nas férias, descanso remunerado, décimo terceiro, pagamento de hora extra, licenças maternidade e paternidade, e, em caso de demissão, aviso prévio de 30 dias, permissão para sacar o FGTS e multa de 40% sobre o saldo do fundo, além do seguro desemprego".
Em "Limites ao crescimento das micro e pequenas empresas" que foi ao ar na terça-feira, se coloca o "drama" que é para os pequenos comerciantes pagarem os direitos dos trabalhadores de seus funcionários, que caso sejam registrados levarão quase todo o "lucro" do patrão.
Mas a mais descarada das reportagens (ao menos até agora) foi a veiculada esta noite, aonde se demonstra que a legislação trabalhista brasileira gera muito mais "despesas" ao empregador do que as do Estados Unidos, Uruguai e até mesmo Alemanha, e que a CLT caducou pois foi criada em um tempo em que os trabalhadores não tinham direitos, e como com o passar dos anos muitos direitos foram agregados, a CLT acaba por impedir a geração de novos empregos.
As próximas reportagens da série com certeza vão no mesmo rumo. É a Globo e você, tudo a perder.
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* Agradecimento ao companheiro Filipe Raslan do ILAESE pelo comentário em Globo versus Previdência Social.
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