domingo, 16 de setembro de 2007

Relembrar Sabra e Chatila

Há exatos 25 anos, o exército sionista de Israel e seus aliados, sob o comando do carniceiro Ariel Sharon escreveram com sangue um dos massacres mais sangrentos da história palestina.

Na madrugada do dia 16 de setembro de 1982, milicianos libaneses da Falange, aliados do então ministro da defesa de Israel, Airel Sharon, invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute, assassinando cruelmente cerca de 3.500 pessoas que em sua imensa maioria eram mulheres, crianças e idosos.

O massacre que durou quase três dias foi friamente calculado e não encontrou a menor resistência. Menos de um mês antes, os milhares de combatentes da OLP que se encontravam no território libanês foram obrigados a se exilar na Tunísia e na Síria para dar fim à guerra iniciada por Sharon em 06 de junho de 1982 com a intenção de varrer os palestinos do Líbano. Um acordo assinado com a mediação direta de Philip Habib, representando o presidente estadunidense Ronald Reagan, garatiu que Israel não entraria em Beirute Ocidental e não atacaria os palestinos dos campos de refugiados; que Béchir Gemayel, futuro presidente libanês, e os falangistas não fariam nada; e que o Pentágono se responsabilizaria pelo cumprimento desses compromissos.

A OLP cumpriu sua parte do acordo. Israel, Estados Unidos e os falangistas não. Em 14 de setembro Gemayel foi assassinado. Dois dias depois teve início o banho de sangue. A ordem era matar tudo o que se movia e nem cachorros, gatos e cavalos foram poupados. Mulheres grávidas tiveram os fetos arrancados. Corpos mutilados, esfaqueados e degolados se empilhavam pelo chão.

Vinte cinco anos depois, o carniceiro Ariel Sharon segue livre e impune moribundo em um leito de hospital. Mas apesar do seu sonho de construir a Grande Israel por sobre os escombros da Palestina, a resistência heróica do povo palestino continua. Nossa homenagem às vítimas do holocausto de Sabra e Chatila: não esqueceremos!

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