sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O capitalismo mata também na China

A restauração do capitalismo nos antigos estados operários permitiu um grande fôlego ao imperialismo adiando por anos uma nova quebradeira econômica mundial. Um imenso contingente de mão de obra de homens e mulheres foi colocado "à disposição" para ser superexplorado tendo que aplastar a fome imperialista por lucro, muitas vezes saciada com sangue.

Esse é justo o caso dos operários chineses, aonde "cerca de 4,7 mil mineiros morrem por ano em acidentes no trabalho, uma média de 13 por dia", segundo dados oficiais, podendo chegar a 20 mil por ano, segundo dados de grupos independentes de defesa dos direitos dos trabalhadores (os dados são do portal AngolaPress).

No último dia 17 de agosto, 181 operários entraram para as estatísticas chinesas de morte no trabalho, soterrados em duas minas de carvão no leste do país. O governo afirma que o caso foi um acidente natural, o que o desobriga a pagar indenizações às famílias dos operários assassinados pela ganância capitalista e cumplicidade das autoridades chinesas. No portal BBC Brasil é possível assistir a video aonde parentes das vítimas revoltados depredaram as dependências da mineradora Huayuan.

Eis aí o resultado do tal "socialismo de mercado" chinês.

* A arte com o chinês carregando o desenvolvimento capitalista é de Oliver Schopf do «Der Standard»

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