Em síntese essa foi a resposta do governo Lula ao recém publicado relatório da ONU sobre o sistema penitenciário brasileiro. A versão preliminar do relatório do Comitê das Nações Unidas contra Tortura afirma que “dezenas de milhares de pessoas são ainda mantidas em delegacias e em outros locais no sistema prisional onde a tortura e maus-tratos similares continuam a ‘ocorrer de forma disseminada e sistemática’”.
O relatório dá indícios também da relação racista no sistema presidiário, apontando que as condições discrimintaórias e de maus tratos afetam “em particular pessoas de descendência africana”.
Quem saiu na, digamos assim, "defesa da imagem" do sistema presidiário brasileiro foi Paulo Vannuchi, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Segundo o ministro, "a tortura existe no Brasil, mas não correspondente à vontade das autoridades e não é sistemática". Fica a pergunta, o quanto de tortura afinal corresponderia à vontade do governo?
E olha que essa foi a resposta do responsável pela pasta dos Direitos Humanos do governo. Tortura, seu ministro, seja no grau que for, não se tolera. E o fato, é que ela existe, dentro e fora das cadeias, e é levada adiante pelo braço armado do Estado.
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