sábado, 18 de agosto de 2007

A reforma agrária que o latifúndio gosta

É preciso aqui fazer uma correção do que havíamos dito antes sobre a reforma agrária do governo Lula ser uma grande falácia. Analisando com cuidado existe reforma agrária sendo realizada no país sim, e grande por sinal. Mas tal como tudo o mais no governo Lula, beneficia-se os desafortunados com palavras, e nas ações mesmo quem fatura são sempre os poderosos.

Analisando o caso das três SRs do INCRA do Pará pode-se entender a quem serve a reforma agrária do governo Lula. Juntas, as superintendências afirmam ter assentado 60.638 famílias, um recorde histórico de assentamentos. Mas se levarmos em conta o recente pedido de cancelamento de 99 assentamentos e a suspensão de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado entre INCRA e governo do Pará permitindo a extração de madeiras no interior dos assentamentos, as coisas começam a ficar mais claras.

Segundo o que nos informa o companheiro Cândido Cunha de Santarém, "a criação desenfreada de assentamentos na região é antes de tudo uma pressão do setor madeireiro. Os assentamentos são criados propositadamente sem pedido de licença ambiental para posteriormente ser feito um TAC que legalizaria a aprovação de Planos de Manejo $ustentáveis".

Ou seja, com Lula no governo, reforma agrária agrada mesmo é às madeireiras, ao latifúndio e ao agronegócio.

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