De acordo com o movimento, as mobilizações já atingiram 10 estados. O movimento reivindica cadastramento e aplicação do desconto da Tarifa Social para 18 milhões de famílias que têm direito; 100kwh/mês gratuitos para todas as famílias de baixa renda; igualdade de preço entre o valor pago pelas grandes empresas e pelas famílias; fim dos aumentos de tarifas.
Alguns protestos
Rondônia: 700 ativistas ocuparam a Unidade Termelétrica Rio Madeira no Bairro Nacional, em Porto Velho.
Tocantins: 200 ribeirinhos e trabalhadores rurais sem terra bloquearam a entrada da obra da barragem de Estreito. Houve repressão policial, mas os ativistas permaneciam acampados no local aguardando a chegada de indígenas para reforçar a ação.
Ceará: 700 pessoas de Castanhão, Jaguaribe e Macito Baturité ocuparam o canteiro de obras do Canal da Integração. No local, estão situadas diversas indústrias siderúrgicas que recebem água, enquanto a população amarga a seca nordestina.
Paraíba: ato na quinta-feira, 13, com moradores da Grande João Pessoa, em frente à Saelpa, distribuidora local.
Pernambuco: 300 manifestantes fizeram uma marcha na BR 428 contra a construção da Barragem de Riacho Seco, prevista no projeto da transposição do Rio São Francisco. A obra atingirá os estados de Pernambuco e Bahia.
Rio Grande do Sul: 400 ativistas fizeram manifestação na Usina Hidrelétrica de Machadinho. No município de Erechim, moradores da periferia fizeram a entrega coletiva das autodeclarações que garantem a Tarifa Social, na sede da Rio Grande Energia (RGE).
Florianópolis: 100 integrantes do MAB fizeram a entrega coletiva das autodeclarações que garantem a Tarifa Social, na sede da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (Celesc).
Paraná: 1.000 ativistas ocuparam a Usina Hidrelétrica de Salto Santiago, hoje multinacional, no rio Iguaçu.
Alguns dados importantes
BRASIL – 10% do potencial hídrico energético do mundo (3º lugar no planeta); 5ª maior tarifa do mundo
Desde as privatizações (governo FHC, 1994-2002), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou as tarifas residenciais em 386,2%.
De cada 10 famílias atingidas por barragens, sete são expulsas sumariamente, sem direito a nada.
Mais de 21% do mercado nacional de distribuição de energia elétrica está nas mãos de um mesmo grupo que controla a Light (RJ) e a Eletropaulo Metropolitana (SP). Pela lei, cada empresa pode controlar apenas 20%.
Mais de 70% da distribuição de energia elétrica está privatizada.
Com a privatização, foram arrecadados 22,1 bilhões de reais. Desses, 48% era dinheiro público (BNDES e fundos de pensão estatais).
105.000 postos de trabalho (50% da mão-de-obra) foram extintos pelas empresas após a privatização.
O Grupo Tractebel comprou a Eletrosul por US$ 760 milhões. A empresa valia US$ 7,43 bilhões.
Fontes: Movimento dos Atingidos por Barragens
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