sexta-feira, 7 de março de 2008

Greve de operários nos Estados Unidos já dura mais de 10 dias


Os trabalhadores de cinco fábricas da American Axle, um dos maiores fabricantes de auto-peças dos Estados Unidos, estão em greve desde o dia 26 de fevereiro.

Os operários iniciaram a greve com o objetivo de resistir aos planos da empresa de reduzir os seus salários em mais de 14 dólares por hora trabalhada (nos Estados Unidos, onde as leis trabalhistas são quase inexistentes, a redução de salário não é proibida).

A greve na American Axle tem afetado as fábricas da General Motors (GM), que estão ficando sem estoque de peças. Sete fábricas da GM já estão paradas, e se a greve continuar por mais tempo, as fábricas fechadas podem chegar a 20. O que, por sinal, tem grandes chances de acontecer, já que as notícias da imprensa dão conta de que os operários estão esperando uma longa greve.

A greve nas cinco fábricas da American Axle é um sintoma de que os trabalhadores norte-americanos não estão dispostos a aceitar as tentativas da burguesia de jogar sobre seus ombros o preço da crise econômica que vem se aprofundando.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um resumo dos últimos acontecimentos da luta de classes:

- heróica greve operária na American Axle, nos Estados Unidos

- Greve de 48 horas na Sidor, na Venezuela, enfrentando com pedras a Guarda Nacional

- grande mobilização com centenas de milhares de pessoas contra Uribe, na Colômbia, no último dia 6

- Mobilização da COB contra Evo Morales no dia 7, reunindo milhares de pessoas

- Protesto espontâneo de mais de mil pessoas na Zona Sul de São Paulo, reprimido pelo Batalhão de Choque

Parece que em 2008, a crise econômica mundial está ajudando a aumentar a temperatura da luta de classes! Inclusive nos países onde há governos burgueses com verniz de "esquerda"!