Após duas semanas de muita radicalidade dos operários da construção civil, encerrou-se a greve do peão na capital cearense. Na base do pão e da rapadura, uma vanguarda operária que oscilou entre 4 mil pessoas nos primeiros dias até algo próximo de duas mil nos últimos dias, freou a produção dos grandes prédios que cercam a cidade do sol e enchem de dinheiro os bolsos dos donos de construtora. E encerrou arrancando um reajuste de 9% quando a patronal queria dar 5%, a profissionalização do betoneiro e o fim do trabalho aos sábados. E encerrou fazendo escola.
Os rodoviários da cidade cansados de anos de exploração e maracutaias dos pelegos de seu sindicato simplesmente pararam a cidade de Fortaleza no dia de hoje. A indignação crescente que corria nas veias da categoria precisava somente de um exemplo de luta, para tornar-se revolta. O exemplo foi dado pelos trabalhadores da construção civil e pela CONLUTAS e não tardou de florescer a revolta. Todos os terminais de ônibus pararam em um verdadeiro efeito dominó, mostrando uma disposição de luta há muito enclausurada pela diretoria do sindicato, que no momento simplesmente sumiu.
A luta dos rodoviários é pela imediata destituição da diretoria pelega e pela anulação do acordo salarial que dá somente o reajuste de 5% aos trabalhadores.
É no momento da luta que os inimigos dos trabalhadores mostram com mais clareza a sua cara. Durante os 14 dias de greve, a CUT não enviou uma única moção de solidariedade e a prefeitura de Luizianne Lins do PT simplesmente ignorou a luta dos trabalhadores não se dispondo sequer a ajudar na mediação com seus amigos empresários donos de obra.
Na luta dos rodoviários o mesmo ocorre. Mais uma vez a CUT dá as costas aos trabalhadores e a prefeitura, através da ETUFOR, pretende acionar legamente "as pessoas que estão prejudicando os passageiros".
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