Os canteiros de obras da usina hidroelétrica de Belo Monte foram
palco de revolta de operários. Nos dias 9 e 10 de novembro, os operários foram à
luta contra descumprimento de leis trabalhistas e contra a proposta de aumento
salarial apresentado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM).
Segundo o Poral do Movimento Xingu Vivo, na noite do dia 9, sexta-feira, foram incendiados quatro
galpões do almoxarifado após a informação de que o aumento proposto pela
empresa seria de apenas 7% (veja vídeo do incêndio).
Já no sábado, os protestos tomaram conta do canteiro de
Pimental, que, de acordo com uma liderança dos trabalhadores, teve instalações
e alojamentos destruídos.
Segundo os trabalhadores, a categoria tem três
reivindicações principais, que não foram negociadas ainda pelo sindicato:
aumento salarial acima do oferecido – já que, segundo a categoria, a inflação
em Altamira chegou aos 30% em 2012 -, equiparação salarial entre os canteiros
de obras – há denúncias de que operários com a mesma função recebem salários diferentes
nos canteiros de Pimental e Belo Monte -, e mudança de regras da baixada (folga
para visitar as famílias). “O aumento que
estão oferecendo é ridículo. Pode até ser que a inflação no país tenha sido de
cerca de 5%, mas em Altamira a coisa é diferente. Um prato feito chega a custar
17 reais. A situação está catastrófica, os preços estão estratosféricos”,
diz um trabalhador. Leia mais aqui no Portal do Movimento Xingu Vivo
“Para enfrentarmos
eleições, nós temos que ter estrutura para podermos nos movimentar". "Para
termos as mesmas ferramentas [dos adversários], nós podemos aceitar, sim, o
financiamento, na atual conjuntura, de empresas e bancos". “Eu não saí do
PT para construir um antipartido, para construir a antipolítica, o anti-PT. Eu
saí com a convicção de que nós podemos construir uma alternativa". Essas
são algumas das pérolas de Clésio Luís, o prefeito eleito pelo PSOL em Macapá
(AP).
Ele também defendeu que o PSOL deve ter uma "política
de reaproximação" com siglas como PCdoB, PPS, PV, e até "com o
PT". Sobre 2014, o prefeito do PSOL avalia que talvez seja prudente o seu
partido apoiar para governador do Amapá algum político de legendas que sejam
aliadas. Resta saber qual delas? O PMDB de José Sarney ou o DEM, PSDB que
apoiaram sua candidatura no segundo turno das eleições?
De acordo com a Agência Brasil, a morte do educador Anísio
Teixeira em 1971, no Rio de Janeiro, será tema de uma audiência pública que a
Comissões Nacional da Verdade (CNV) e a Comissão da Verdade da Universidade de
Brasília (UnB). A audiência será realizada nesta terça-feira, dia 6.
Nos anos de 1960, Anísio Teixeira projetou, em parceria com
Darcy Ribeiro, a Universidade de Brasília, fundada em 1961. Teixeira foi reitor
da UnB em 1963 e, em 1964, foi cassado pela ditadura. Em março de 1971, o corpo
dele foi encontrado no fosso do elevador do prédio do amigo Aurélio Buarque de
Holanda. A versão oficial é que ele foi vítima de um acidente. Leia mais.
A frase acima foi dita por Davi Alcolumbre, ex-candidato
do DEM à Prefeitura de Macapá (AP), que agora está apoiando o candidato do
PSOL, Clécio Luís, que disputa o segundo turno contra o atual prefeito Roberto
Góes (PDT).
O candidato do DEM gravou uma inserção que está sendo
exibida na televisão (veja abaixo). Davi Alcolumbre é deputado
federal pelo terceiro mandato consecutivo. Também é presidente do diretório regional
dos Democratas no Amapá e membro da Comissão Executiva Nacional dos Democratas, ou seja, não é uma figura secundária de um partido que dispensa maiores apresentações.
O PSTU do Amapá divulgou nota explicando que, diante das
alianças do PSOL com os partidos de direita, “ficou totalmente impossível o PSTU chamar o voto em Clécio,
pois não podemos estar em uma aliança ou mesmo chamar o voto em um candidato e
um governo que será composto pela velha direita oligárquica que, no país,
governou junto com FHC”.Leia a nota completa aqui.
Ótimo artigo da jornalista, escritora e documentarista Eliane
Brum. Ela relata o drama vivido pelos Guaranis Caioás que vivem sob a ameaça de
pistoleiros na cidade de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul. O desespero da
comunidade é assombroso. Em uma carta, os índios pedem ao Governo Federal e a
Justiça “para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa
morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para
decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para
cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos”.
Leia a análise da UST (Unidad Socialista de los
Trabajadores) sobre as eleições venezuelanas. Além de explicar a falsa
polarização entre Chávez e Capriles, o organização, que é filiada a Liga
Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), chama voto em Orlando Chirino.
O objetivo é construir de fato um campo de oposição de
esquerda ao chavismo. Algo que é mais do que urgente tendo em vista o desgaste
do presidente venezuelano que enfrenta sua mais difícil reeleição.
Um grupo de jovens que faziam um protesto pacífico na frente
da prefeitura de Porto Alegre foi violentamente reprimido pela Brigada Militar,
a PM gaúcha. Os jovens protestavam em frente a um boneco da Coca-Cola, no Largo
Glênio Peres. O boneco representava o mascote da Copa do Mundo de 2014. Subitamente, os policiais se lançaram com seus cassetetes, bombas
de efeito moral contra os manifestantes. As imagens da repressão expõem toda a
brutalidade. A certa altura, uma jovem que filmava a ação da PM com o celular é
jogada no chão e cercada por PMs que a cobrem de chutes. Outra jovem denunciou que
também foi agredida. “Um policial me deu um chute, me pegou pelo braço e me
chamou de vadia”.Leia mais na reportagem da Sur21 publicada pela Rede Brasil Atual.
Hoje, 25 de Setembro, em Madrid, os baluartes da “Transição”
(nome que se dá ao período de transição do franquismo para a “democracia”), os
defensores do “Estado de Direito”, ou seja do PSOE, PP e dos franquistas, que
escrevem nas páginas do El País e do El Mundo, defendem o “Congresso”
(Parlamento de Espanha) contra o povo, isto é, opõem a suposta “democracia” dos
cortes contra o povo em favor da banca, e dos ricos contra os trabalhadores.
As pessoas foram rodear o Congresso que, é verdade, não os
representa, porque se assim fosse defenderia o povo dos ataques de Rajoy, da
Troika e da Banca, e não ao contrário, como está a fazer. Leia mais
Entre os dias 11 e 13 de setembro, a Universidade de São
Paulo (USP) recebe o Seminário A Esquerda na América Latina - História, Presente,
Perspectivas. Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Integração da
América Latina, estão programadas dezenas de mesas redondas debatendo diversos
aspectos dos desafios da esquerda no continente.
O PSTU estará contribuindo com os debates, através de seus
militantes escalados para a discussão de temas como a reorganização da classe
trabalhadora, a luta dos estudantes e mulheres - dentre outros. Confira aqui a programação.
Desde 2008, a maior cidade do país assiste ao aumento do número de casos de incêndios, quase 600. Só neste ano foram 32. Todas as favelas que foram incendiadas se localizavam em regiões de alta valorização imobiliária. Uma CPI foi criada pela Câmara Municipal para investigar as causas, mas a comissão é dominada pela base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e não anda. A Rede Brasil Atual publicou um especial sobre os 'misteriosos' incêndios. Confira!
Quando milicianos leais a Bashar Assad, sob o comando do exercito sírio,
invadiram o vilarejo de Houla, em 28 de maio, Muawiya Saayed mandou as
mulheres e crianças refugiarem-se no vizinho.
Sua esposa ficou escondida entre as plantas do jardim. De lá, ouviu os
gritos do marido e do filho mais velho sendo torturados e executados
pelas forças de Bashar.
Na correria para fugir, ficou para trás a caçula, de 8 anos. Pouco
depois, o corpo da pequena Sara viria somar-se a outros 107 computados,
na aldeia, por observadores da ONU.
Quase tão chocante como episódios desta natureza tem sido a atitude de
algumas figuras emblemáticas do continente sul-americano diante da
situação.
No Brasil, parte significativa da esquerda, incluindo intelectuais,
dirigentes de sindicatos e movimentos sociais, partidos e deputados
comprometidos com a luta contra a violência de Estado, além de velhos
combatentes à ditadura militar verde-amarela, apoiam um regime cuja
brutalidade cresce de maneira assustadora.
Alegando que Bashar seria anti-imperialista e, portanto, preferível à
"turma da Otan e seus asseclas regionais", eles fecham os olhos para um
dos mais atrozes crimes contra a humanidade do século 21.
Não há dúvida de que a revolução síria, iniciada de forma pacífica há 18
meses, tem acumulado contradições intrínsecas ao processo e exacerbado
divisões sectárias entre alauítas, sunitas e cristãos.
Mas, ao negar solidariedade aos oprimidos, essas esquerdas desprezam os
princípios fundamentais da cartilha marxista. Pior: fazem coro aos
inaceitáveis comentários vindos de Caracas, onde Hugo Chávez chamou
Assad de "líder árabe socialista, humanista, irmão, com uma grande
sensibilidade".
Ignorando o caráter de massas da oposição, o chefe bolivariano descreveu
seu "companheiro" como vitima de um complô norte-americano para
desalojá-lo do poder.
Ora, nem a realpolitik absolve tais palavras.
A ideia de Assad como inimigo dos ianques não tem lastro histórico.
Segundo documentos revelados pelo site WikiLeaks, o governo de Damasco
não só praticou tortura terceirizada a mando da CIA como possuía, até
muito pouco tempo atrás, relações estreitíssimas com a referida agência.
Verdade seja dita, a amizade entre a Casa Branca e a família Assad vem
de longe. O pai, de quem Bashar herdou o trono de presidente,
prontamente integrou a coalizão liderada por Bush pai, em 1992, para
invadir o Iraque. Em 1976, quando a Síria ocupou o Líbano com o objetivo
de derrotar o movimento nacional palestino, os Assad contaram com o
respaldo direto de Washington e Tel Aviv. Não por acaso, os Estados
Unidos se preocupam menos com a contingência de Assad possuir armas
químicas do que com a possibilidade delas saírem de suas confiáveis
mãos.
Buscando justificar o injustificável, sob a defesa de uma suposta
soberania nacional, os ditos anti-imperialistas fingem não ver as bases
militares russas nas praias da Síria, por onde circulam bilhões de
dólares em máquinas de matar enviadas por Moscou.
Outros citam a presença de integrantes da Al Qaeda no confronto armado.
Reproduzem, de maneira fiel, os argumentos utilizados por Washington na
sua tentativa de desqualificar a resistência iraquiana.
E vão além. Ao apresentarem Bashar como herói antissionista, esquecem
que sob seu governo as fronteiras do país foram as mais seguras para
Israel, que tinha como líquida e certa a posse definitiva das Colinas de
Golã.
Por sorte, enquanto setores da esquerda encenam um papel lamentável, o povo sírio prossegue com heroísmo na sua luta desigual.
O Governo Ucraniano quer proibir o desenho do “Bob Esponja”
no país. Segundo a Comissão Nacional de Proteção da Moralidade Pública
ucraniana, o desenho incita a homossexualidade nas crianças, como também atenta
contra as famílias . Bob Esponja não é o único alvo. A comissão também quer
restringir a exibição de outras atrações, como ‘Os Simpsons’, ‘Uma família da
pesada’, ‘Teletubbies’ e ‘Pokemon’. Segundo as autoridades, as atrações televisivas têm como objetivos destruir a família e promover drogas e outros vícios.
A Ucrânia é um dos países mais homofóbicos
da Europa. Em maio, um dirigente de uma organização gay ucraniana, Svyatoslav
Sheremet, foi agredido ao sair de uma coletiva de imprensa diante de vários fotógrafos.
No Mato Grosso do Sul, o fazendeiro Luis Carlos da Silva Vieira,
conhecido como “Lenço Preto”, declarou guerra contra os índios guarani kaiowá,
em uma entrevista a imprensa local.
A “declaração de guerra” foi gravado em vídeo e mostra o
fazendeiro em atitude de ameaça à vida dos índios e sem qualquer preocupação
com as consequências legais. O fazendeiro diz que vai liderar um grupo de
fazendeiros armados contra os índios nesta semana: “Nós vamos partir pra guerra, e vai ser na semana que vem. Esses índios
aí, alguns perigam sobrar. O que não sobrar, nós vamos dar para os porcos
comerem”.
“A maioria dos
fazendeiros está comigo. Arma aqui é só querer. Eu armo esses fazendeiros da
fronteira rapidinho, porque o Paraguai fica logo ali, e na guerra não tem bandido”,
disse.
Os guarani kaiowá do sul de Mato Grosso do Sul decidiram
retomar áreas reconhecidamente indígenas e já homologadas pelo governo federal,
mas que estão ainda ocupadas por fazendeiros por força de liminar judicial.
Atenas, Praça Syntagma, 2 de agosto. Centenas de pessoas estão em frente ao
parlamento grego. Mas dessa vez não foi para realizar um novo protesto contra
os planos de austeridade que levaram o povo grego a miséria e ao desemprego. Dessa
vez todos estão em fila para receber massa, leite, batatas, óleo e outros bens
de primeira necessidade. Os mantimentos são distribuídos pelo partido fascista grego
Aurora Dourada.
No entanto, apenas eram “merecedores da solidariedade” aqueles
que demonstrassem ser cidadãos "100% gregos". A cada um era pedido
que apresentasse documentos que provassem a sua nacionalidade.
"Estamos na Grécia, os gregos têm
prioridade. Os imigrantes ilegais que vieram para aqui, que gozam de todos os
direitos e privilégios que vêm dos impostos gregos são ilegais, invasores. Eles
são uma ameaça para a Grécia", disse um dos fascistas que, como outros
de seus “camaradas”, vestia-se com uma camisa negra.
A ação do Aurora Dourada tem clara inspiração no passado, quando
o Partido Nazista, de Hitler, que distribuía sopas para os desempregados alemães vitimados
pela crise econômica.
Há duas semanas, um grupo de ex-trabalhadores da General Motors (GM) na Colômbia realiza uma greve de fome. Muitos deles chegaram a
costurar os seus lábios.
Os trabalhadores afirmam que foram demitidos da GM há mais
de um ano, devido a sérios ferimentos que receberam enquanto trabalhavam
carregando objetos e peças pesadas, fazendo movimentos repetitivos na linha de
montagem e outros trabalhos pesados. Eles estão acampados na frente da
embaixada dos Estados Unidos e protestam contra um plano de ação trabalhista
acertado no ano passado entre os governos dos EUA e da Colômbia, quando os dois
países assinaram o tratado de livre-comércio
A GM começou a operar com linha de montagem na Colômbia em
1957 e atualmente tem mais de 1.800 empregados. Veja abaixo o depoimentos dos
operários sobre a greve de fome.
Três integrantes da banda punk Pussy Riots, formada por sete
garotas russas, estão sendo julgadas pela justiça Russa e poderão ir para a cadeia.
O motivo foi um protestado contra o presidente russo, Vladimir Putin, no altar
da maior igreja do país. Sob a acusação de vandalismo e ódio religioso, as três
integrantes podem ser condenadas a até sete anos de prisão pela canção “Virgem
Maria, expulse Putin”. A música critica o governo russo bem como a corrupção dentro da
igreja ortodoxa. O líder dos cristãos ortodoxos na Rússia, o Patriarca Kirill, envolvido em diversos escândalos de corrupção, cdisse que a banda cometeu uma “blasfêmia”.
Artistas e bandas como Sting
e o Red Hot Chili Peppers já pediram liberdade às integrantes da banda. O tribunal de Moscou é acusado de boicotar os advogados da banda que antes
mesmo da sessão, chegaram a acusar o judiciário de parcialidade. Ou seja, ao estilo "processos de Moscou", a banda já foi condenada antes do próprio julgamento. A sentença virá do Kremlin. O “czar”
russo quer dar um exemplo a todos que ousam desafiá-lo.Recentemente Putim
enfrentou grandes protestos populares contra sua reeleição. Teme que seu
destino se assemelhe aos dos ditadores derrubados pela primavera árabe.
Na esquerda brasileira sempre houve um setor (especialmente
oriundo da tradição estalinista) que faz apologia ao desenvolvimento
capitalista brasileiro. Com o advento do governo do PT, quase todos esses
setores passaram a exaltar a suposta política “desenvolvimentista” aplica pelos
governos Lula e Dilma.
Um exemplo dessa postura pode ser visto em um artigo de Wladimir
Pomar, postado no Portal Correio da
Cidadania durante a Rio+20. Nele, Pomar lamentou que a propaganda oficial de
Belo Monte, exibida durante o evento ambiental tenha sido um “anúncio institucional
tradicional sobre a grandeza da obra” . O jornalista opina que os
promotores da obra perderam a oportunidade para afugentar os fantasmas que
cercam a obra mostrando que, conforme suas palavras o “ impacto social previsto
deverá ser mais positivo do que negativo, por incluir medidas de promoção do
desenvolvimento econômico e social das populações indígenas e não-indígenas
atingidas pela obra”
Emresposta a Wladimir Pomar, Rodolfo Salm, professor da UFPA
(Universidade Federal do Pará) em Altamira, refutou cada uma dos supostos “benefícios”
sociais que Belo Monte vai trazer, segundo Pomar. Mas vale uma crítica: faltou no texto de Rodolfo
uma análise sobre a brutal superexploração a qual os operários de BM são
submetidos. Algo que escapa totalmente também da análise de Pomar e da “propaganda
institucional oficial”.
Ex-ajudante de obra da Usina Hidrelétrica de Jirau relata as condições de
trabalho a que são submetidos os operários em Rondônia, além das torturas que
sofreu quando foi preso pela policia por ser “suspeito” de atear fogo contra os
alojamentos da obra.
O incêndio foi no dia 3 de abril, depois de uma
greve realizada pelos operários. O ex-funcionário, o piauiense Raimundo Braga da Cruz Sousa, relata que
foi abordado pela polícia quando tentava salvar seus pertences. Ele foi então levado
para o alojamento dos encarregados e das mulheres para “interrogatório”: “Me
jogaram num quarto e começaram a bater. Isso era por volta de 2h30 e ficou até
6h30 da manhã para eu dizer quem eram os tocador (SIC) de fogo, sem eu saber
quem era. Todo esse tempo eu apanhei, de 2h30 até 6h30. Quando deu 6h30,
mandaram eu olhar para eles e começaram a jogar gás de pimenta na minha cara.
Aí num enxerguei mais nada. Cai no chão e começaram a me chutar”. Depois ele
foi enviado para um presídio onde ficou preso por 15 dias em uma pequena cela
com mais 6 detentos. Para saber mais leia a entrevista completa no Portal doObservatório de Investimentos da Amazônia.
A notícia veiculada no site do jornal O Globo de hoje dá mais uma mostra da necessidade de haver uma verdadeira comissão da verdade para apurar e punir os crimes da ditadura. (leia abaixo)
Torturador conta rotina da Casa da Morte em Petrópolis
RIO — Depois de cinco horas de conversa, o velho oficial estava livre de
um dos mais bem guardados segredos do regime militar: o propósito e a
rotina do aparelho clandestino mantido nos anos 1970 pelo Centro de
Informações do Exército (CIE) em Petrópolis, conhecido na literatura dos
anos de chumbo como “Casa da Morte”, onde podem ter sido executados
pelo menos 22 presos políticos. Passados quase 40 anos, um dos agentes
que atuaram na casa, o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74
anos, o “Doutor Pablo” dos porões, quebrou o silêncio sobre o assunto.
Há desânimo e até tristeza por aqui. Aumenta o poder militar, a
Irmandade decepcionou os eleitores. A primavera parece ter sido só miragem no
deserto
Em meio às primeiras eleições presidenciais do país, um sentimento de
tristeza, quase uma depressão nacional, parece ter se apossado do Egito.
No lugar das tradicionais imagens de eleitores sorridentes, imperou o
retrato de um voto seco e útil, quase universalmente gerado pela negativa. Sob
um calor escaldante, o que vimos nos postos eleitorais estava muito longe da
euforia esperada de quem alcança o ponto culminante de um processo desencadeado
por uma revolução.
Nas filas para depositar o voto nas urnas, em cabines separadas por sexo,
homens vestidos à maneira ocidental justificavam sua aposta no general Ahmed
Shafiq, ex-primeiro ministro do ditador Mubarak, pelo temor aos islamistas. (Continuar lendo)
A defensoria pública determinou a exumação do corpo de Ivo
Teles, morador do Pinheirinho, espancado por policiais durante a brutal desocupação
ordenada pelo governo tucano de Geraldo Alckmin (PSDB).
Ivo Teles, um senhor de 69 anos, denunciou o seu espancamento
e até mostrou seus ferimentos diante de soldados do batalhão de Choque da PM. A
imagem foi gravada em vídeo (veja abaixo) e os detalhes podem ser conferidos nesta matéria
publicada pelo Portal da Revista Fórum. Confira.
Brasil afora tornou-se comum a repressão policial à juventude. Desde a "reintegração de posse" feita na USP em fevereiro deste ano, vários foram os casos, como em Fortaleza-CE. Chama a atenção que nem todos os casos são motivados por ocupações nas universidades (a mais recente foi a Unifesp-Guarulhos, leia aqui a notícia do portal R7).
Na USP, algumas semanas depois da invasão da PM para desocupar a reitoria, os policiais militares voltaram à universidade para desocupar um espaço usado como moradia por diversos estudantes. No caso da Unila, a PM foi convocada pelo governo para invadir a moradia universitária. O modus operandi segue o mesmo em todos os casos, como pode ser visto no vídeo divulgado na internet.
O governo conservador de Mariano Rajoy, resolveu deixar nas
mãos do Banco Central Europeu (BCE) a reestruturação do sistema financeiro
espanhol. A decisão representa o reconhecimento implícito de que o Estado
deverá recorrer aos fundos de resgate europeus para “salvar” os banqueiros do país.
O colapso das finanças e o consequente “corralito” (bloqueio da retirada de
depósitos em contas correntes e poupanças) estão por um fio. Leia mais no Editorialdo jornal Pagina Roja, de Corriente Roja, partido filiado à LIT na Espanha.
A 'limpeza de SP' continua. Como se já não bastasse a ação da
PM da cracolândia, uma óbvia tentativa de 'limpar' o bairro para a atuação da
especulação imobiliária no projeto Nova Luz, o prefeito Kassab agora quer
acabar com os vendedores ambulantes da capital paulista. Mais uma vez a truculência
impera, como explica a reportagem do portal Brasil Atual.
A todo vapor também andam as “intervenções
urbanas” que pretendem remover a população pobre do entorno das obras da Copa. Um
exemplo é o que ocorre na favela Caititu, próximo ao 'Itaquerão', ameaçada pelaOperação Urbana
Rio Verde – Jacu. A ameaça da remoção paira sobre as cabeças de inúmeros moradores
de muitas outras favelas da região, conforme noticias o comitê popular SP.
Muitos consideram “Transa” o melhor disco de Caetano Veloso.
Exagero? Pode ser. Mas, sem dúvida nenhuma, o álbum é um dos mais marcantes do
artista. Gravado quando estava no exílio em Londres, Caetano soube mesclar o tropicalismo
brasileiro com o pulsante rock da “Swinging London” dos anos 1960. ARede Brasil Atual conta um pouco da história
do álbum, que faz 40 anos neste mês.Pra quem quer conhecer (ou matar saudades) segue
abaixo a música “You don't know me”, faixa que abria o LP.
Mais uma mostra da política de conciliação de classes do PT, no veto parcial de Dilma ao novo código florestal. Deu umas migalhas ao povo e garantiu o lucro dos latifundiários. Na prática, mesmo com reclamação a coisa ficou boa mesmo foi pro agronegócio. O cartunista Sinfrônio, do Diário do Nordeste, sacou bem a posição da presidenta.
O Molotov pretende indicar a cada sexta-feira feira alguns
artigos que podem auxiliar os ativistas na compreensão da atual crise econômica
mundial. É claro que a opinião dos autores não reflete necessariamente a opinião do blog.
Começamos indicando um artigo do economista francês FrançoisChesnais, professor emérito da Universidade
de Paris. O artigo está em castelhano, mas certamente ajudará na reflexão da
atual crise. Boa leitura!
Altino de Melo Prazeres Jr., presidente do Sindicatos dos Metroviários de SP reabete acusações do PSDB e da grande imprensa. Leia abaixo o artigo na Folha de S.Paulo.
Quem parou São Paulo?
Nesta quarta, 23, os metroviários de São Paulo realizaram uma de suas mais fortes greves.
Logo as autoridades tentaram nos culpar pelos transtornos que a
população enfrentou, classificando a greve de abusiva, ilegal e até
política. Agora anunciam a intenção de "multar" o sindicato em R$ 1
milhão, por prejuízos à cidade.
Parte da imprensa foi pelo mesmo caminho, tentando jogar a população contra os metroviários, como o editorial de ontem desta Folha
("Greve contra São Paulo") ou mostrando os protestos nas estações como
se fossem contra a greve, sem mostrar que os passageiros cantavam:
"Geraldo, a culpa é sua!".
O que está em jogo é o direito de greve. Representantes do governo e do
Judiciário, apesar de afirmarem o contrário, não escondem que entendem
que os metroviários não têm o direito de lutar por seus direitos.
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho na prática impedia a greve,
exigindo 100% do efetivo nos horários de pico e 85% nos demais horários,
sob multa diária.
Ora... Mesmo no dia mais movimentado, o metrô não mantém essa
percentual. Ou seja, o TRT exigia que, no dia de greve, o atendimento
fosse maior do que a própria empresa consegue. Que greve é essa?
O responsável pela greve tem nome: o governador Geraldo Alckmin. Foi seu
governo que foi intransigente com os trabalhadores, recusando-se a
negociar. Nós chegamos a propor a abertura das catracas, no lugar da
greve. Trabalharíamos nesse dia, todos poderiam se deslocar normalmente e
nosso protesto ficaria marcado. Uma experiência que já foi feita em
outros países.
Mas o governo recusou. Mas não foi intransigente assim com as empresas
que prestam serviço ao metrô, como a que atrasou em mais de um ano a
entrega do serviço, provocando o mais grave acidente na história do
metrô. Caso tivesse ocorrido na Linha 4, privatizada e sem funcionários,
o acidente possivelmente teria tido vítimas fatais.
Ao culpar os trabalhadores, o governo tenta esconder sua incapacidade em
negociar e também o fato de que, em 20 anos, o PSDB não resolveu o
problema de transporte.
Nosso metrô é o mais lotado do mundo, 11 pessoas por metro quadrado.
Para quem vai de helicóptero, como o governador, é difícil imaginar como
a população lida com o sufoco, o aperto, o assédio às mulheres e as
horas de vida desperdiçadas.
O argumento para não melhorar o serviço é a falta de recursos. Não é
verdade. O orçamento estadual dobrou desde 2004, indo para R$ 149
bilhões em 2011. O metrô tem lucrado muito. Se seguisse a inflação, o
bilhete custaria hoje R$ 1,84.
Há dois lados nessa história. De um lado, o governo e empresários.
De outro, os trabalhadores, tanto aqueles que estão conduzindo o trem
como os que viajam nele, no aperto. A população entende que a nossa
greve foi justa. Estamos juntos na luta por um metrô de qualidade, mais
barato e que cresça no ritmo que São Paulo precisa.
Na quarta, o metrô parou. Mas, infelizmente, o sufoco de passageiros e
funcionários continua todos os dias. É contra ele que lutamos.
ALTINO DE MELO PRAZERES JR., 45, é presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Foi a forma como o cartunista Mauricio de Sousa, criador da
Turma da Mônica, entrou no movimento #VetaDilma, que nos últimos dias teve como
maior expoente o pedido feito pela atriz Camila Pitanga durante evento em que Lula recebeu cinco
títulos de doutor honoris causa no Rio de Janeiro.
Mas a resposta do agronegócio não demorou e veio com a forma
truculenta de sempre. Afinal, os coronéis do agronegócio estão loucos pelas
mudanças do código.
Em seu twitter, o pecuarista Assuero Veronez, latifundiário
e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre, reagiu
chamando o desenhista de “babaca ignorante”. Veronez também é vice-presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), presidida pela Senadora Kátia Abreu
(PSD/TO), outra notória latifundiária.
Vários sites noticiaram ontem uma redação considerada pela Fuvest (fundação que organiza o vestibular da Universidade de São Paulo) como modelo, dentre as que foram feitas no vestibular deste ano. O burburinho foi causado pela astúcia do autor da redação (não divulgado pela Fuvest), que destacou letras em negrito para formar as palavras de ordem FORA RODAS e FORA PM (ver abaixo). O Molotov aplaude!
São Paulo, 12 de maio, 11h. As “Mães de Maio” se reúnem na
Praça da Paz Universal, zona noroeste de Santos para lembrar o assassinato de
seus filhos e o silêncio opressor da impunidade. Há
seis anos, 493 pessoas foram assassinadas, entre os dias 12 e 20 de maio. Era a
polícia de SP (a que mais mata no país) revidando, nas periferias, os ataques
do PCC sofridos contra a PM. Motoboys, padeiros, estudantes e muitos outros
trabalhadores inocentes estavam entres as vítimas.
A revista Fórum explica como foi o ato e os detalhes daquele
massacre odioso.
A ex-candidata a prefeita de São Paulo pelo PPS, a
jornalista Soninha Francine, provocou uma onda de protestos no Twitter ao
opinar sobre o acidente grave que aconteceu no metrô de São Paulo. "Metro caótico, é? Nao fosse p TV e
Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco",
declarou em seu microblog. Logo começaram a repercutir suas declarações e as
hastags #mtoloco e #calaboca Soninha começaram a proliferar no Twitter.
Não foi a primeira vez. No ano passado Soninha se queixou de
usuários que pedem a ampliação do sistema do metrô. "Não sei porque as pessoas gostam tanto e querem mais metrô se ele
é uma 'b'", disparou do seu Twitter. Já no começo do ano, Soninha atacou
os moradores do Pinheirinho após a violenta desocupação. “São criminosos tirando vantagem da situação”, disse na época.
É bem conhecida as relações de Soninha com o PSDB de São
Paulo. Quando Serra era prefeito da capital, ela conseguiu até um cargo em uma
das subprefeituras. Por isso ela surta em cada escândalo público da administração
tucana. Em 2010, em meio à disputa presidencial, ela disse que outra pane do
metrô era obra de sabotagem para prejudicar a candidatura de José Serra.
Mtoloco...
A Frente em Defesa do Povo Palestino, da qual o PSTU faz parte, divulgou um vídeo na internet em que pede à cantora bahiana Daniela Mercury que se recuse a fazer um show em Israel, no próximo mês de maio. Diversos artistas de renome internacional já estão fazendo o boicote, que é uma clara posição de enfrentamento contra as atrocidades cometidas pelo estado sionista, representante do imperalismo na região do Oriente Médio. Segue abaixo a carta aberta enderaçada à cantora e o vídeo divulgado na internet.
Abril de 2012
Cara Daniela Mercury,
Amigos palestinos, admiradores de sua música, nos escreveram assim que souberam que você pretende fazer um show em Israel, em maio próximo. Como parte do chamado feito pela sociedade civil palestina em 2005 para o Boicote, o Desinvestimento e Sanções (BDS), e inspirado pelo boicote cultural ao apartheid na África do Sul, o povo palestino pede a artistas internacionais que se juntem ao movimento BDS cancelando shows e eventos em Israel, que só servem para igualar o ocupante ao ocupado e, portanto, promover a continuação da injustiça.Em outubro de 2010, o sul-africano Desmond Tutu, consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid, apelou à ópera de seu país cancelar a apresentação agendada em Israel. Um show em território israelense enfraquece a chamada para o BDS até que Israel cumpra os requisitos básicos do direito internacional, pondo fim à ocupação militar, à tomada de terras e à construção de novas colônias nos territórios palestinos. Na mesma linha, respeite os direitos humanos, à autodeterminação do povo palestino e ao retorno a suas terras e propriedades.
A participação em um show em Israel não é um ato neutro, desprovido de qualquer mensagem política. Ao participar de um evento em Israel, você estará apoiando a campanha israelense para encobrir violações do direito internacional e projetar uma imagem falsa de normalidade. Qualquer afirmação em contrário que um artista deseje fazer por meio de sua participação nesse evento será ofuscada pelo fato de que está atravessando um piquete internacional, estabelecido pela grande maioria das organizações da sociedade civil na Palestina. Na verdade, uma mensagem de paz justa atingirá muito mais pessoas, incluindo israelenses, se você cancelar a sua participação.
Desde a ofensiva de Israel a Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, que deixou 1.400 palestinos mortos e conduziu à elaboração do relatório Goldstone, o qual não deixa dúvidas que Israel cometeu crimes de guerra, muitos artistas internacionais se recusaram a tocar em um país que se coloca acima dos direitos humanos e do direito internacional. Após o ataque de Israel a um navio de ajuda humanitária com destino a Gaza em maio de 2010, o número de artistas cresceu. Elvis Costello, Gil Scott Heron, Carlos Santana, Devendra Banhart e os Pixies são apenas alguns dos que se recusaram a realizar shows em Israel naquele ano. Roger Waters é outro exemplo de pessoa pública que assume posição contrária às violações dos direitos humanos por Israel. No período em que realizou t u rnê no Brasil, entre final de março último e início deste mês, fez declarações à imprensa nesse sentido e em apoio à campanha por BDS.
Pedimos-lhe para se juntar à lista crescente de artistas que têm respeitado o pedido de boicote. Como disse o sul-africano Desmond Tutu, "se o apartheid na África do Sul terminou, essa ocupação também terminará, mas a força moral e a pressão internacional terão de ser tão determinadas quanto". Por justiça, o chamado palestino para o BDS deve alcançar o mundo, incluindo Israel. Ficaremos felizes em discutir isso mais a fundo com você e apoiá-la no quer for necessário. Nós estamos simplesmente pedindo que você cancele seu show em Israel, de modo a não prejudicar o aumento global do movimento por boicotes ao apartheid a que está submetido o povo palestino. Aproveitamos para convidá-la a participar dessa nobre luta por uma causa da humanidade. Com grande respeito,
Frente em Defesa do Povo Palestino
União Democrática das Entidades Palestinas no Brasil Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro Centro Cultural Árabe-Palestino Brasileiro de Mato Grosso do Sul Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá Comitê Árabe-Palestino do Brasil Sociedade Palestina de Santa Maria Centro Cultural Árabe-Palestino Brasileiro do Rio Grande do Sul Sociedade Palestina de Brasília Sociedade Palestina de Chuí Sociedade Islâmica de Foz do Iguaçu Sociedade Islâmica do Paraguai Associação Islâmica de São Paulo Coletivo de Mulheres Ana Montenegro Movimento Mulheres em Luta Marcha Mundial das Mulheres PCB – Partido Comunista Brasileiro PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos CUT – Central Única dos Trabalhadores CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular-Coordenação Nacional de Lutas Mopat – Movimento Palestina para Tod@s Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Coletivo de Juventude dos Metalúrgicos do ABC Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre SindiCaixa-RS Grupo M19 SOS Racismo, Portugal Comitê de Solidariedade com a Palestina, Portugal GAP - Grupo Acção Palestina, Porto, Portugal Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGay Transfobia, Portugal Amyra El Khalili – economista Claudio Daniel - poeta Sindicato dos Metroviários de São Paulo FENAMETRO - Federação Nacional dos Metroviários
Segue a luta dos defensores da ocupação do Pinheirinho! Amanhã, 17 de abril, acontece um ato unificado no Centro de São Paulo. O ato foi convocado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e faz parte do já conhecido Abril Vermelho, mês em que o MST realiza diversas manifestações em todo o país para reivindicar a reforma agrária e lembrar o Massacre de Carajás, ocorrido há 16 anos. A manifestação está marcada para as 14 horas, em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça João Mendes. Segue abaixo a nota do Comitê.
Lutadores e lutadoras, às ruas em 17 de abril
Nós, do Comitê de Solidariedade ao Pinheirinho, convidamos todos os lutadores e lutadoras, sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos a participar, no dia 17 de abril, do ato unificado em defesa da reforma agrária e contra a onda de higienização étnico-social e de criminalização da pobreza e dos movimentos sociais que ocorre país afora, particularmente em São Paulo. Uma onda contra o povo pobre e trabalhador que tem se apoiado em métodos que beiram o fascismo, como o despejo, a remoção forçada e o ataque aos direitos básicos da população mais pobre e marginalizada.
Convocada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a manifestação relembra os 16 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 sem-terra foram mortos pela PM do Pará, a mando do governo do EstadoAté hoje, ninguém foi preso pelo massacre. Na cidade de São Paulo, a manifestação será no dia 17 de abril (terça-feira), às 14 horas. em frente ao Tribunal de Justiça (Praçã João Mendes, centro da capital). Nos incorporamos ao ato por entender que o massacre de Carajás representa a truculência com a qual o Estado brasileiro, em todas as suas esferas, trata os que se organizam e lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.
O muro, que sempre foi tema de incontáveis turnês do Pink Floyd, continua sendo um dos temas mais lembrados por Roger Waters, ex-líder da banda inglesa, tanto nos shows, quanto no ativismo. Um dia antes de fazer a segunda apresentação do ano no Brasil, Roger Waters deu uma coletiva à imprensa, não para falar de sua turnê no Brasil. É o muro que Israel construiu ao redor da Palestina que chama a atenção do cantor.
Na coletiva, Roger Waters tratou principalmente da defesa do povo palestino, causa da qual se tornou ativista desde seu show em Tel-Aviv, em 2006. Além de defender o povo palestino, o ex-líder da banda Pink Floyd anunciou à imprensa a realização, em novembro, em Porto Alegre, do Fórum Mundial Social Palestina Livre. (Veja a notícia no site do jornal Globo)
Imediatamente, a ofensiva israelita - que não se restringe ao território palestino - através da Federação Israelita do Rio de Janeiro entrava na justiça para proibir o músico de veicular estas ideias no Brasil. A denúncia saiu na coluna do jornalista Ancelmo Gois, do site do Globo (link 1, link 2, link 3).
Ontem, 29, o Comitê de Solidariedade do Povo Palestino do Rio de Janeiro e a Frente em Defesa do Povo Palestino de São Paulo divulgaram notas denunciando a ação da Federação Israelita e em defesa do cantor (veja abaixo a nota da Federação Paulista). Também ontem, durante o show, Roger Waters voltou a homenagear o brasileiro Jean Charles Menezes, morto pela polícia de Londres por ter sido confundido com um árabe.
CARTA ABERTA EM SOLIDARIEDADE A ROGER WATERS
A Frente em Defesa do Povo Palestino vem a público manifestar seu apoio às declarações do cantor e ativista político George Rogers Waters. Em turnê pelo Brasil para apresentar seu show The Wall, o artista tem divulgado a realização do Fórum Social Mundial Palestina Livre, a se realizar em novembro próximo em Porto Alegre. Engajado em favor da causa palestina e na campanha por BDS (boicote, desinvestimento e sanções) ao apartheid promovido por Israel, também tem feito declarações contra a ocupação israelense e a violação de direitos humanos por parte do Estado sionista.
Por esse posicionamento em favor da justiça e liberdade, conforme divulgado hoje na coluna do jornalista Ancelmo Gois em O Globo Online, a Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) estaria tentando cercear suas palavras em defesa do povo palestino na Justiça. Repudiamos qualquer tentativa de intimidação e censura à liberdade de expressão por parte dessa ou de qualquer outra organização.
Tal ato inconstitucional, nos moldes da ditadura militar, não tem mais espaço no Brasil. A Constituição Federal de 1988 diz o seguinte sobre a liberdade de expressão:
Constituição brasileira de 1988 § Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: § V - o pluralismo político § Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e a propriedade, nos termos seguintes: § IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; § VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; § IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. § Art. 220º A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Talvez alguns argumentem que a Constituição Federal não se aplica a Roger Waters por não ser brasileiro. Então vejamos o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Artigo 19° “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.”
Portanto, é ilegítima e só podem ser encaradas como censura e perseguição as ameaças da Fierj ao cantor e ativista. Uma postura tão conhecida quanto inaceitável de se tentar criminalizar os movimentos sociais e pessoas de consciência que se levantam contra a opressão ao povo palestino e a ocupação de suas terras.
Repudiamos veementemente tal atitude e ameaças e reafirmamos nosso apoio a Roger Waters, à liberdade de expressão e aos valores democráticos.
Aproveitamos para agradecê-lo por não silenciar diante da injustiça e emprestar sua imagem e voz para essa nobre causa da humanidade.
São Paulo, 29 de março de 2012.
Frente em Defesa do Povo Palestino frentepalestina@yahoo.com.br
Se os casos de homofobia no Brasil continuarem no ritmo que vão, até o Dia Internacional Contra a Homofobia, em 17 de maio, terá sido um péssimo começo de ano. São vários casos por semana, ainda que nem todos saiam no noticiário. Somente no Estado da Bahia, onde se registrou o maior número de casos de agressão nos últimos seis anos, foram 33 casos somente em 2012, uma média de três por semana.
A última de que se tem notícia aconteceu no último dia 10, em uma estação de ônibus de Salvador. Segundo notícia do UOL, Thyago Souza, 24, e o namorado, 21, foram espancados por um grupo de seis homens armados com facas e um pedaço de madeira quando chegavam à estação. Por causa das agressões, o namorado de Thyago foi levado a um posto médico e teve de levar dez pontos na cabeça.
Polícia homofóbica
Ambos tiveram ainda que enfrentar a discriminação nas delegacias de polícia. Nas duas primeiras delegacias procuradas, eles não puderam registrar queixa da agressão. Espantosamente, os policiais que os atenderam em uma das delegacias chegaram a culpar impressora para não fazer o registro. Na terceira tentativa eles conseguiram fazer o registro, mas não há qualquer menção ao crime de homofobia na ocorrência. O próprio delegado informou ao UOL que, quando identificados, os agressores responderão por lesão corporal e roubo.
Rio de Janeiro
Já no Rio de Janeiro, quatro homens e uma adolescente foram detidos ontem por crime semelhante. Eles agrediram um homossexual no sábado, em uma praia do Recreio dos Bandeirantes. Também nesse caso, o delegado informou que os detidos não responderão por crime de homofobia, somente por tentativa de homicídio duplamente qualificado.
A Liga Internacional dos Trabalhadores (Quarta Internacional) divulgou, em fevereiro, um abaixo assinado pela internet, convocando o apoio à revolução egípcia, que corre o risco de ser sufocada pela atuação das forças militares que governam o país desde a queda de Hosni Mubarak, no começo de 2011 e se recusam a deixar o poder, atacando violentamente a população.
O abaixo assinado está sendo organizado por ativistas, sindicalistas e acadêmicos de todo o mundo. É muito importante não só a assinatura, mas também a sua ampla divulgação para o maior número de pessoas. Para ler e assinar, basta clicar no link http://egyptsolidaritycampaign.org/portuguese.html, preencher os dados e enviar.
No link é possível ler o manifesto em português, espanhol, inglês, francês, italiano, grego e chinês. Leia, assine e divulgue!
O coletivo Rádio Várzea Livre divulgou em seu blog uma nota em que acusa a Reitoria da Universidade de São Paulo pelo roubo de sua antena e a destruição do mastro e dos cabos que ligam o transmissor à antena.
Ainda segundo o coletivo, desde outubro do ano passado a rádio vem sendo perseguida pela Anatel, que acatou uma denúncia apresentada pelo Grupo Bandeirantes (que detém a concessão de várias emissoras de rádio e televisão no país).
Na época, além das reportagens veiculadas pelas emissoras do Grupo Band criminalizando as rádios livres, a Anatel anunciou que aguardava a decisão judicial para proceder à interdição da rádio, o que não aconteceu.
Perseguições em 2011
No ano passado, além da Rádio Várzea, outras importantes rádios livres foram atacadas pela Anatel. Tiveram problemas para seguir funcionando a Rádio Muda de Campinas e a Rádio Pulga, no Rio de Janeiro. Os episódios confirmam a política do governo federal em não atender às reivindicações de uma maior democracia no setor das comunicações, mantendo os privilégios dos grandes grupos de mídia e impedindo a livre expressão da população.
Movimento estudantil
Na Universidade de São Paulo, o ano começou com forte polêmica e enfrentamento com a reitoria. Ontem, a reitoria da USP havia proibido a entrada de equipamentos de som, banheiros químicos e bebidas para a realização da calourada da USP, organizada pelo comando de greve. Apesar da proibição, que o comando de greve classificou como arbitrária, o show-protesto aconteceu e não houveram enfrentamentos com a polícia, que acompanhava de longe com poucos homens.
Na última terça-feira, entretanto, 4 calouros foram presos dentro da universidade e levados à delegacia de Pinheiros, onde foram fichados por porte de entorpecentes. Segundo foi divulgado, um dos estudantes portava 0,4 grama de maconha. O Núcleo de Consciência Negra da USP acusa ainda a polícia de racismo, por haver entre os estudantes um negro com dreads no cabelo.