A ocupação de diversos prédios abandonados no Centro e Zona Leste de São Paulo, na madrugada de hoje, 7 de novembro, dá novo fôlego à luta por moradia. As cerca de 2600 pessoas reivindicam o que, até pela legislação burguesa, é um direito inalienável.
O movimento pede que 5 mil imóveis sejam disponibilizados na região central da cidade. Verdade seja dita, a reivindicação do movimento não chega nem perto dos 100 mil imóveis desocupados só no centro de São Paulo.
Esse é, sem dúvida o dado mais assustador. E mais revelador. Não custa insistir que a lógica do capital prevalece sobre as necessidades mais básicas da população. A equação é simples: existem milhares de imóveis desocupados que não podem ser utilizados para suprir o déficit habitacional, porque é assim que eles mantém o preço dos imóveis altos.
É a chamada especulação imobiliária. Eu tenho 10 apartamentos que custam 200 mil cada um. Muitas outras pessoas também têm outros tantos apartamentos. Se todo mundo resolver vender, o preço tende a cair e arrastar o lucro lá para baixo. Por outro lado, para não "congelar" as vendas, as imobiliárias lançam mão de outro recurso. Uma compra o imóvel da outra a preços altos, mantendo o mercado "aquecido" e a lucratividade em alta.
Quanto ao poder público, bem... ele está aí para administrar as agruras do capitalismo financeiro. É justo reivindicar a função social da propriedade. Mas resolver a questão mesmo, só mudando radicalmente a lógica da sociedade, deixando de trabalhar para garantir o lucro dos patrões. Em suma, com derrubada do capitalismo.
Um comentário:
O Pstu é um partido de merda que vive no esgoto e cada dia mais vai para o lixo, vive de calúnias e de mentiras.
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