Nesta quarta-feira, dia 30, representantes de centrais como a CUT, a Força Sindical e a CTB, reuniram-se com o ministro Luiz Dulci, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Eles discutiram a ratificação das Convenções 158 e 151 da Organização Internacional do Trabalho e a redução da jornada de trabalho, entre outros pontos.
Saíram comemorando, como se, nestes anos, o governo estivesse ao lado dos trabalhadores. O portal Vermelho, do PCdoB, em sua manchete, publicou declaração do presidente da CTB, Wagner Gomes, que contou que a redução da jornada é defendida pelo governo. “Isso foi dito pelo ministro Dulci, como sendo opinião do presidente Lula”, afirmou. Francisco Canindé Pegado, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), foi além e disse que o ministro Dulci informou que o governo enviará ao Congresso um projeto de lei para reduzir a jornada de trabalho, sem diminuir os salários.
A ilusão durou pouco. À noite, Luiz Dulci distribuiu uma nota oficial, desmentindo os sindicalistas. Sobre a redução da jornada, ele desmentiu que o governo vá enviar projeto ao congresso e afirmou: “esse é um assunto do movimento sindical e do Congresso Nacional”.
Acreditar que o governo Lula vá defender a redução da jornada é querer que os trabalhadores acreditem em contos de fadas. Esse é o governo da reforma da Previdência, da trabalhista e dos ataques ao direito de greve. Que bate recordes no superávit e manda a conta para o funcionalismo. Conquistas dos trabalhadores, como a redução da jornada sem redução de salários ou o fim das reformas, virão das lutas dos trabalhadores nas ruas e não de reuniões de gabinete.
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