"Eles invadiram a favela por volta das 9h, com o “Caveirão”, blindado que é alvo de uma campanha da Anistia Internacional. Escolas, que já funcionavam parcialmente, foram fechadas, e o transporte parou ou foi alterado na região. Moradores foram feridos a bala e estilhaços de granada dentro de suas casas.
No mínimo 10 pessoas foram atingidas, segundo informou a PM: Luana da Silva, 8 anos; Larissa Andrade da Silva, 12 anos; Carlos Henrique Matias Vitoriano, 13 anos; Wesley Glauco da Silva e Ivo Urbano da Silva, 17 anos; Karen Cristina Baptista Borges, 20 anos; Valnice Alves da Silva, 27 anos; Mônica Pinto, 30 anos; Edvan Mariano de Souza, 32 anos; Arlete dos Santos, 48 anos. Arlete foi atingida por um tiro nas costas, na região lombar. Karen teve a perna ferida por estilhaços de granada. Elas não eram traficantes.
Dos mortos, pelo menos 9 já foram identificados. Entre eles, encontram-se três adolescentes de 13 a 16 anos. Desde o dia 2 de maio, quando a PM iniciou a invasão ao complexo do Alemão, já são contabilizados 44 mortos, segundo dados do próprio governo."
O artigo destaca ainda a caçada aos moradores do complexo empreendida pelos policiais, invadindo, destruindo e saqueando casas. A violência toma todos os contornos de CHACINA COVARDE no depoimento à Folha de S. Paulo de Maurício Campos, da Rede de Comunidades Contra a Violência, que relata o assassinato de um menino de 10 anos a facadas por policiais.
Leia também:
- Aumenta violência no Rio de Janeiro, artigo de José Eduardo Braunschweiger e Aderson Bussiger, publicado na edição 298 do Opinião Socialista, de 17 a 23 de maio de 2007.
- A GUERRA NO COMPLEXO DO ALEMAO E PENHA : Segurança Pública ou Genocídio?, artigo da professora Maria Helena Moreira Alves publicado no dia 24 de junho, no portal da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência.