Ontem foi apresentado na cidade de Vigo (província de Pontevedra, Galiza, "Espanha") um manifesto assinado por numerosas personalidades do mundo da cultura, das artes, do ensino, profissionais, etc, junto a representantes de movimentos sociais e políticos da Galiza e internacionais, em apoio à luta operária que está a ser dada nas ruas de Vigo pelo proletariado metalúrgico galego como símbolo da luta de todo um povo e uma classe pela plena emancipação.
Eis o documento na sua versão integral, seguido de um resumo dos apoios recebidos pelo mesmo (em galego):
Eis o documento na sua versão integral, seguido de um resumo dos apoios recebidos pelo mesmo (em galego):
" A historia está a ser escrita nas ruas de Vigo
As e os abaixo assinados consideramos um imperativo ético e social dar todo o apoio solidário à luita dos metalúrgicos de Ponte Vedra que, junto aos trabalhadores e trabalhadoras doutras empresas radicadas em distintas zonas da Galiza, hoje simbolizam no nosso país a mobilizaçom social e obreira contra umha resoluçom da crise capitalista favorável em exclusiva aos mesmos que a provocárom. A gente do Metal, polos seus métodos democráticos, assembleares e combativos, sem se dobrarem diante de um patronato que nos derradeiros anos aproveitou a bonança económica num contexto de contínua reduçom da capacidade aquisitiva e restriçom dos direitos sociolaborais do pessoal assalariado, vem sendo um exemplo para o conjunto da classe trabalhadora galega, em paralelo às mobilizaçons que estám a acontecer na Grécia, Portugal ou França.
Aqui, nom som eles os únicos que enfrentam as consequências de umha crise gerada pola destruidora capacidade do sistema para acumular riqueza nas maos de uns poucos: as trabalhadoras do têxtil, com Caramelo à frente, os das empresas do leite como Pascual, o pessoal das fábricas como Bunge, Galfrío ou Vidreira del Atlântico, todos eles estám a demostrar que só com o confronto de classes e a defesa das liberdades públicas, pode impedir-se a degradaçom das condiçons de vida e de trabalho do conjunto da populaçom, frente ao egoísmo patronal e a dureza dos governos que a sustentam.
Há anos tentárom fazer invisível a classe obreira, como se abaixo do “capitalismo popular” dos Reagan e as Thatcher, quer dizer, a sua faciana neoliberal, todo o mundo pudesse viver sem o salário, das rendas e dos investimentos financeiros. Agora que a gente de trabalho, fonte de toda a riqueza, está maciçamente na rua para defender os direitos da humanidade despossuída, a maioria dos meios de comunicaçom manipulam a realidade apresentando as manifestaçons obreiras como actos criminais, salvando a cara do patronato e das autoridades que decote exercem umha surda violência contra as condiçons laborais e sociais do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, sejam assalariados ou autónomos.
Na realidade, o convénio do Metal de Ponte-Vedra passou a ser a fronteira que a Patronal espanhola fixou para a totalidade dos sectores da produçom: congelaçom salarial, jornada laboral delongada, nom pagamento de horas extras, liberdade de contrataçom de imigrantes para os explorar sem medida, precarizaçom do emprego, submissom e isolamento dos sindicatos, ameaças de deslocalizaçom ou de clausura… E, para os seus colegas do Governo, passou a ser questom de Estado, penalizando os protestos e a rebeldia, conculcando se for preciso a liberdade de reuniom e manifestaçom, acarom do direito á informaçom veraz e objectiva. Em consequência, na luita do Metal jogamos muito mais do que umha singela subida de jornais para um segmento da populaçom empregada; está em jogo, além do futuro do resto dos convénios e da qualidade do emprego, o direito a rejeitar o papel subsidiário que outros tenhem decidido para as nossas vidas.
A crise do capital colocou cada qual no seu lugar e os que pensavam que chegara “o fim da historia”, nom tenhem outra que aprender a cantiga que di: “detrás dos tempos venhem tempos, e outros tempos ham de vir”. Assim pois, hoje, a historia está a ser escrita nas ruas de Vigo.
A sua vitória é a vitoria de todos e de todas, e a unidade entre as forças obreiras e sociais abre as portas a umha resposta contundente do conjunto da sociedade ao que é o fundo: a crise é do capital, dos capitalistas, e portanto som eles os que tenhem que a pagar, ao tempo que os direitos e liberdades civis devem ser garantidos. "
Aqui, nom som eles os únicos que enfrentam as consequências de umha crise gerada pola destruidora capacidade do sistema para acumular riqueza nas maos de uns poucos: as trabalhadoras do têxtil, com Caramelo à frente, os das empresas do leite como Pascual, o pessoal das fábricas como Bunge, Galfrío ou Vidreira del Atlântico, todos eles estám a demostrar que só com o confronto de classes e a defesa das liberdades públicas, pode impedir-se a degradaçom das condiçons de vida e de trabalho do conjunto da populaçom, frente ao egoísmo patronal e a dureza dos governos que a sustentam.
Há anos tentárom fazer invisível a classe obreira, como se abaixo do “capitalismo popular” dos Reagan e as Thatcher, quer dizer, a sua faciana neoliberal, todo o mundo pudesse viver sem o salário, das rendas e dos investimentos financeiros. Agora que a gente de trabalho, fonte de toda a riqueza, está maciçamente na rua para defender os direitos da humanidade despossuída, a maioria dos meios de comunicaçom manipulam a realidade apresentando as manifestaçons obreiras como actos criminais, salvando a cara do patronato e das autoridades que decote exercem umha surda violência contra as condiçons laborais e sociais do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, sejam assalariados ou autónomos.
Na realidade, o convénio do Metal de Ponte-Vedra passou a ser a fronteira que a Patronal espanhola fixou para a totalidade dos sectores da produçom: congelaçom salarial, jornada laboral delongada, nom pagamento de horas extras, liberdade de contrataçom de imigrantes para os explorar sem medida, precarizaçom do emprego, submissom e isolamento dos sindicatos, ameaças de deslocalizaçom ou de clausura… E, para os seus colegas do Governo, passou a ser questom de Estado, penalizando os protestos e a rebeldia, conculcando se for preciso a liberdade de reuniom e manifestaçom, acarom do direito á informaçom veraz e objectiva. Em consequência, na luita do Metal jogamos muito mais do que umha singela subida de jornais para um segmento da populaçom empregada; está em jogo, além do futuro do resto dos convénios e da qualidade do emprego, o direito a rejeitar o papel subsidiário que outros tenhem decidido para as nossas vidas.
A crise do capital colocou cada qual no seu lugar e os que pensavam que chegara “o fim da historia”, nom tenhem outra que aprender a cantiga que di: “detrás dos tempos venhem tempos, e outros tempos ham de vir”. Assim pois, hoje, a historia está a ser escrita nas ruas de Vigo.
A sua vitória é a vitoria de todos e de todas, e a unidade entre as forças obreiras e sociais abre as portas a umha resposta contundente do conjunto da sociedade ao que é o fundo: a crise é do capital, dos capitalistas, e portanto som eles os que tenhem que a pagar, ao tempo que os direitos e liberdades civis devem ser garantidos. "
Resumo de adesons
Personalidades internacionais: Adolfo Pérez Esquivel (argentino–galego) Premio Novel da Paz; Nora Cortiñas, Maes de Praça de Maio, Victor Mendivil, Dirección Nacional de la Central de los Trabajadores Argentinos, Antonio Arruti, Coordenador Nacional do Movimento de Libertação Sem Terra ( Brasil).
Académicos/as RAG: Francisco Fernández Rei, Margarita Ledo, Xosé Neira Vilas e Xosé Luis Méndez Ferrín.
Escritores/as: Suso de Toro, Anxo Angueira, Xurxo Borrazás, Séchu Sende, Manuel Forcadela, María Lado, Miguel Anxo Fernán Vello, Chus Pato, Patricia Janeiro.
Cineastas: Antón Dobao, Alberte Pagán.
Historiadores: Carlos Velasco (Universidade da Corunha), Francisco Espinosa (da Univ. de Sevilla), José Luis Gutiérrez Molina (da Univ. de Cádiz), Dionísio Pereira, Eliseo Fernández, Xoán Carlos Garrido, Uxío Breogán Diéguez, Xurxo Martínez Crespo, Gonzalo Amoedo.
Políticos: Xosé Manuel Beiras (BNG), Camilo Nogueira (BNG), Carlos Morais (Primeira Linha), Maruchi Álvarez (ACE), Carlos Dafonte (ex. secretario PCG), Lois Pérez Leira (Nova Esquerda Socialista), Maurício Castro (Nós-UP), Mariano Abalo (FPG), Xosé Collazo (PCPG), Roberto López Laxe (Corrente Vermella), Xosé Mª Pazos (ACE), Miguel Anxo Abraira Movemento pola BASE.
Catedráticos e professores: Fermín Bouza, Carlos Taibo, Xoán Doldán, Francisco Sampedro, Celso Álvarez Cáccamo, Pablo González Mariñas.
Jornalistas: Gustavo Luca de Tena, Lara Rozados, Comba Campoy, José Manuel Martín Medem (Madrid), Oscar Castelnovo (Arxentina), Manuel Vidal Villaverde.
Advogados: Xosé Luis Franco Grande, Carlos Slepoy, Gustavo García.
Editores: Victor Freixanes, Manuel Bragado, Francisco Pillado Mayor, Paco Macías, Antón Mascato García.
Músicos/as: Xosé Bocixa, Leo e “Arremecaghona”, Marina Quintillán.
Organizaçons internacionais:
Jaime Pastor (de Izquierda Alternativa, Madrid), Nines Maestro Corriente Roja, Solidaridad Obrera (Madrid), CTA (Arxentina), Asociación ex detenidos y desaparecidos Arxentina, Luis Fernández Ageitos Asociación Taxista de Bos Aires, Mario Alderete (Arxentina), Rogelio de Leonardi (Arxentina), José Urreli (Arxentina).
Ata o domingo, podedes enviar o voso apoio ao correo solidariedademetal@gmail.com
A notícia está em Kaos en la Red.
10 comentários:
Realmente quem organizou e levou a greve da USP Para frente foi a tal LER-QI -Liga Estratégia Revolucionária, o pessoal do PT nem aparece, o do PSOL com seu radicalismo-neutro-chique nem cheira nem fede, já o PSTU(que não tem mais moral nenhuma nas Universidades, veja o exemplo da UEM) como sempre chega depois para pegar o resto do resto, mesma estrategia o PSTU usa nos sindicatos pegando os sindicalistas da pelegaida CUT para concorrer nas eleições.
O PSTU está cada dia mais decadente...
Vejo essas notícias de grandes lutas na Europa no site deles e nem entendo o que tem a ver com as práticas mornas e decadentes do PSTU...
Os sindicatos dirigidos pelo PSTU (e as entidades estudantis) vivem atualmente numa letargia sem tamanho, não são nem a sombra dessas grandes lutas que estão acontecendo na Europa.
O PSTU (e a CONLUTAS) estão paralisados diante da crise. Foram pegos de surpresa, em 2007 nem podiam imaginar que a crise se aproximava. Agora estão, aí de boca aberta, engolindo mosca, sem fazer nada.
Desde 2005 o calendário anual do PSTU se resume a:
1) Congressos de entidades (Conlutas, etc...)
2) Marchas à Brasília no segundo semestre (geralmente sempre em agosto, numa espécie de ritual para relembrar a Marcha dos 100 mil do ano de 1999)
3) Eleições sindicais (principalmente para manter os sindicatos que já tem, e não conquistar outros)
4) Eleições para presidente, governador, prefeito, etc. (sempre com resultados pífios)
Não conseguem mais sair dessa rotina de marasmo...
Os dois anônimos falaram tudo, também é o que eu penso, é preciso reunir as vanguardas e criar um partido realmente revolucionário e não esta balela que é o PSTU.
O PSTU VAI VIRAR UM PCO DA VIDA, UM PARTIDINHO COM 3 OU 4 SINDICATINHOS, 3 OU 4 DCEEZINHOS E TÁ BÃO TAMBÉM( PARA A DIREÇÃO DO PSTU) TEMOS QUE ESQUECER O PSTU E PARTIR PARA OUTROS RUMOS, OLHA O EXEMPLO NAS RUAS DE VIGO, CHEGA DE ACOMODAÇÃO.
Não costumo responder picuinhas, mas como encheo o saco. Eis:
Antes eu tinha medo do pstu...
falavam isso e aquilo...
tanto a direita como a esquerda.
Quando conheci e entrei(ainda com certas dúvidas) vi que o problema era outro.
Há uma certa esquerda (que às vezes de tão esquerda cai na direita)que vê no pstu a sua derrota. Os acertos do partido mostram a sua incapacidade. e quando este partido erra o atacam de todas as formas. mas Seus militantes falam: nós erramos nisto mas não nos fingirmos de perfeitos.
Quando erramos é porque nos esforçamos em acertar. Aprendemos.
Errar, corrigir , esforçar, acertar e crescer. São verbos que estão em nosso partido. Um partido vivo, revolucionário. fim.
O Estado capitalista não pode ser reformado como quer o PSTU, e esta história infantil de que "Há uma certa esquerda (que às vezes de tão esquerda cai na direita)que vê no pstu a sua derrota" como diz o J.P. é a mesma ladainha que o PT faz com o PSTU e com o PSOL dizendo que estes partidos fazem o papel da direita, ora J.P. não seja infantil e seja homem suficiente e principalmente consciente para ver a situação de decadência que o PSTU está.
Sou filiado ao PSTU e também estou decepcionado com os rumos do partido, o Mancha por exemplo mantem os mesmos vicios da CUT no "seu" sindicato, uma vergonha, temos que ir para as ruas gente.
O PSTU pode ter até vários revolucionários honestos em suas fileiras (inclusive na sua direção), mas enquanto mantiver a política de priorizar a manutenção de seus aparatos sindicais (e estudantis) vai sofrer uma pressão burocratizante gigantesca.
O PSTU não deveria priorizar tanto a obtenção de cargos em diretorias de sindicatos e entidades. Afinal, de que servem esses aparatos, se a consciência da base dessas categorias é atrasada, se são bases que não são tão combativas, se dirigir esses sindicatos não serve para organizar grandes lutas?
O PSTU deveria se preocupar em dirigir apenas aqueles sindicatos de categorias mais combativas, que fazem greve, que vão às ruas, que não são tão acomodadas e atrasadas.
O problema é a mania de "não culpar as massas". Tem que culpar as massas sim pô!
Enquanto certas camadas da classe trabalhadora não avançarem em sua consciência (nem que seja na marra, por causa dos efeitos práticos da crise econômica em suas vidas), essas camadas não "merecem" ter o PSTU como sua direção.
Querer a qualquer custo dirigir essas categorias é um erro, pois só contribui para burocratizar o PSTU, para aumentar o número e o peso social dos burocratas sindicais dentro do partido.
Oa diretores dos sindicatos ligados ao PSTU são tão burocratas quanto os da CUT, fazem as mesmas medidas internas que a CUT faz para não perderem os sindicatos, muda o rumo pô, parem de enganar as vanguardas que estão nascendo.
Postar um comentário