Muitos consideram “Transa” o melhor disco de Caetano Veloso.
Exagero? Pode ser. Mas, sem dúvida nenhuma, o álbum é um dos mais marcantes do
artista. Gravado quando estava no exílio em Londres, Caetano soube mesclar o tropicalismo
brasileiro com o pulsante rock da “Swinging London” dos anos 1960. A Rede Brasil Atual conta um pouco da história
do álbum, que faz 40 anos neste mês. Pra quem quer conhecer (ou matar saudades) segue
abaixo a música “You don't know me”, faixa que abria o LP.
terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Quebra-galho
Mais uma mostra da política de conciliação de classes do PT, no veto parcial de Dilma ao novo código florestal. Deu umas migalhas ao povo e garantiu o lucro dos latifundiários. Na prática, mesmo com reclamação a coisa ficou boa mesmo foi pro agronegócio. O cartunista Sinfrônio, do Diário do Nordeste, sacou bem a posição da presidenta.
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sexta-feira, 25 de maio de 2012
Para entender a crise
O Molotov pretende indicar a cada sexta-feira feira alguns
artigos que podem auxiliar os ativistas na compreensão da atual crise econômica
mundial. É claro que a opinião dos autores não reflete necessariamente a opinião do blog.
Começamos indicando um artigo do economista francês FrançoisChesnais, professor emérito da Universidade
de Paris. O artigo está em castelhano, mas certamente ajudará na reflexão da
atual crise. Boa leitura!
Deu na folha de sexta, dia 25 de maio
Altino de Melo Prazeres Jr., presidente do Sindicatos dos Metroviários de SP reabete acusações do PSDB e da grande imprensa. Leia abaixo o artigo na Folha de S.Paulo.
Nesta quarta, 23, os metroviários de São Paulo realizaram uma de suas mais fortes greves.
Logo as autoridades tentaram nos culpar pelos transtornos que a população enfrentou, classificando a greve de abusiva, ilegal e até política. Agora anunciam a intenção de "multar" o sindicato em R$ 1 milhão, por prejuízos à cidade.
Parte da imprensa foi pelo mesmo caminho, tentando jogar a população contra os metroviários, como o editorial de ontem desta Folha ("Greve contra São Paulo") ou mostrando os protestos nas estações como se fossem contra a greve, sem mostrar que os passageiros cantavam: "Geraldo, a culpa é sua!".
O que está em jogo é o direito de greve. Representantes do governo e do Judiciário, apesar de afirmarem o contrário, não escondem que entendem que os metroviários não têm o direito de lutar por seus direitos.
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho na prática impedia a greve, exigindo 100% do efetivo nos horários de pico e 85% nos demais horários, sob multa diária.
Ora... Mesmo no dia mais movimentado, o metrô não mantém essa percentual. Ou seja, o TRT exigia que, no dia de greve, o atendimento fosse maior do que a própria empresa consegue. Que greve é essa?
O responsável pela greve tem nome: o governador Geraldo Alckmin. Foi seu governo que foi intransigente com os trabalhadores, recusando-se a negociar. Nós chegamos a propor a abertura das catracas, no lugar da greve. Trabalharíamos nesse dia, todos poderiam se deslocar normalmente e nosso protesto ficaria marcado. Uma experiência que já foi feita em outros países.
Mas o governo recusou. Mas não foi intransigente assim com as empresas que prestam serviço ao metrô, como a que atrasou em mais de um ano a entrega do serviço, provocando o mais grave acidente na história do metrô. Caso tivesse ocorrido na Linha 4, privatizada e sem funcionários, o acidente possivelmente teria tido vítimas fatais.
Ao culpar os trabalhadores, o governo tenta esconder sua incapacidade em negociar e também o fato de que, em 20 anos, o PSDB não resolveu o problema de transporte.
Nosso metrô é o mais lotado do mundo, 11 pessoas por metro quadrado. Para quem vai de helicóptero, como o governador, é difícil imaginar como a população lida com o sufoco, o aperto, o assédio às mulheres e as horas de vida desperdiçadas.
O argumento para não melhorar o serviço é a falta de recursos. Não é verdade. O orçamento estadual dobrou desde 2004, indo para R$ 149 bilhões em 2011. O metrô tem lucrado muito. Se seguisse a inflação, o bilhete custaria hoje R$ 1,84.
Há dois lados nessa história. De um lado, o governo e empresários.
De outro, os trabalhadores, tanto aqueles que estão conduzindo o trem como os que viajam nele, no aperto. A população entende que a nossa greve foi justa. Estamos juntos na luta por um metrô de qualidade, mais barato e que cresça no ritmo que São Paulo precisa.
Na quarta, o metrô parou. Mas, infelizmente, o sufoco de passageiros e funcionários continua todos os dias. É contra ele que lutamos.
ALTINO DE MELO PRAZERES JR., 45, é presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Quem parou São Paulo?
Logo as autoridades tentaram nos culpar pelos transtornos que a população enfrentou, classificando a greve de abusiva, ilegal e até política. Agora anunciam a intenção de "multar" o sindicato em R$ 1 milhão, por prejuízos à cidade.
Parte da imprensa foi pelo mesmo caminho, tentando jogar a população contra os metroviários, como o editorial de ontem desta Folha ("Greve contra São Paulo") ou mostrando os protestos nas estações como se fossem contra a greve, sem mostrar que os passageiros cantavam: "Geraldo, a culpa é sua!".
O que está em jogo é o direito de greve. Representantes do governo e do Judiciário, apesar de afirmarem o contrário, não escondem que entendem que os metroviários não têm o direito de lutar por seus direitos.
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho na prática impedia a greve, exigindo 100% do efetivo nos horários de pico e 85% nos demais horários, sob multa diária.
Ora... Mesmo no dia mais movimentado, o metrô não mantém essa percentual. Ou seja, o TRT exigia que, no dia de greve, o atendimento fosse maior do que a própria empresa consegue. Que greve é essa?
O responsável pela greve tem nome: o governador Geraldo Alckmin. Foi seu governo que foi intransigente com os trabalhadores, recusando-se a negociar. Nós chegamos a propor a abertura das catracas, no lugar da greve. Trabalharíamos nesse dia, todos poderiam se deslocar normalmente e nosso protesto ficaria marcado. Uma experiência que já foi feita em outros países.
Mas o governo recusou. Mas não foi intransigente assim com as empresas que prestam serviço ao metrô, como a que atrasou em mais de um ano a entrega do serviço, provocando o mais grave acidente na história do metrô. Caso tivesse ocorrido na Linha 4, privatizada e sem funcionários, o acidente possivelmente teria tido vítimas fatais.
Ao culpar os trabalhadores, o governo tenta esconder sua incapacidade em negociar e também o fato de que, em 20 anos, o PSDB não resolveu o problema de transporte.
Nosso metrô é o mais lotado do mundo, 11 pessoas por metro quadrado. Para quem vai de helicóptero, como o governador, é difícil imaginar como a população lida com o sufoco, o aperto, o assédio às mulheres e as horas de vida desperdiçadas.
O argumento para não melhorar o serviço é a falta de recursos. Não é verdade. O orçamento estadual dobrou desde 2004, indo para R$ 149 bilhões em 2011. O metrô tem lucrado muito. Se seguisse a inflação, o bilhete custaria hoje R$ 1,84.
Há dois lados nessa história. De um lado, o governo e empresários.
De outro, os trabalhadores, tanto aqueles que estão conduzindo o trem como os que viajam nele, no aperto. A população entende que a nossa greve foi justa. Estamos juntos na luta por um metrô de qualidade, mais barato e que cresça no ritmo que São Paulo precisa.
Na quarta, o metrô parou. Mas, infelizmente, o sufoco de passageiros e funcionários continua todos os dias. É contra ele que lutamos.
ALTINO DE MELO PRAZERES JR., 45, é presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Chico Bento entra na campanha #VetaDilma
Foi a forma como o cartunista Mauricio de Sousa, criador da
Turma da Mônica, entrou no movimento #VetaDilma, que nos últimos dias teve como
maior expoente o pedido feito pela atriz Camila Pitanga durante evento em que Lula recebeu cinco
títulos de doutor honoris causa no Rio de Janeiro.
Mas a resposta do agronegócio não demorou e veio com a forma
truculenta de sempre. Afinal, os coronéis do agronegócio estão loucos pelas
mudanças do código.
Em seu twitter, o pecuarista Assuero Veronez, latifundiário
e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre, reagiu
chamando o desenhista de “babaca ignorante”. Veronez também é vice-presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), presidida pela Senadora Kátia Abreu
(PSD/TO), outra notória latifundiária.
Por que vetar o Código Florestal? Leia aqui
terça-feira, 22 de maio de 2012
Um exemplo de redação
Vários sites noticiaram ontem uma redação considerada pela Fuvest (fundação que organiza o vestibular da Universidade de São Paulo) como modelo, dentre as que foram feitas no vestibular deste ano. O burburinho foi causado pela astúcia do autor da redação (não divulgado pela Fuvest), que destacou letras em negrito para formar as palavras de ordem FORA RODAS e FORA PM (ver abaixo). O Molotov aplaude!
Link da notícia: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2012/05/21/redacao-considerada-modelo-pela-fuvest-tem-mensagem-subliminar-contra-reitor-da-usp.jhtm
Link da notícia: http://vestibular.uol.com.br/ultimas-noticias/2012/05/21/redacao-considerada-modelo-pela-fuvest-tem-mensagem-subliminar-contra-reitor-da-usp.jhtm
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Não dá pra esquecer
São Paulo, 12 de maio, 11h. As “Mães de Maio” se reúnem na
Praça da Paz Universal, zona noroeste de Santos para lembrar o assassinato de
seus filhos e o silêncio opressor da impunidade. Há
seis anos, 493 pessoas foram assassinadas, entre os dias 12 e 20 de maio. Era a
polícia de SP (a que mais mata no país) revidando, nas periferias, os ataques
do PCC sofridos contra a PM. Motoboys, padeiros, estudantes e muitos outros
trabalhadores inocentes estavam entres as vítimas.
A revista Fórum explica como foi o ato e os detalhes daquele
massacre odioso.
#mtoloco
A ex-candidata a prefeita de São Paulo pelo PPS, a
jornalista Soninha Francine, provocou uma onda de protestos no Twitter ao
opinar sobre o acidente grave que aconteceu no metrô de São Paulo. "Metro caótico, é? Nao fosse p TV e
Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco",
declarou em seu microblog. Logo começaram a repercutir suas declarações e as
hastags #mtoloco e #calaboca Soninha começaram a proliferar no Twitter.
Não foi a primeira vez. No ano passado Soninha se queixou de
usuários que pedem a ampliação do sistema do metrô. "Não sei porque as pessoas gostam tanto e querem mais metrô se ele
é uma 'b'", disparou do seu Twitter. Já no começo do ano, Soninha atacou
os moradores do Pinheirinho após a violenta desocupação. “São criminosos tirando vantagem da situação”, disse na época.
É bem conhecida as relações de Soninha com o PSDB de São
Paulo. Quando Serra era prefeito da capital, ela conseguiu até um cargo em uma
das subprefeituras. Por isso ela surta em cada escândalo público da administração
tucana. Em 2010, em meio à disputa presidencial, ela disse que outra pane do
metrô era obra de sabotagem para prejudicar a candidatura de José Serra.
Mtoloco...
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