Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) protestam contra as reformas de Lula
Paralisações, atraso na entrada dos trabalhadores e realização de passeatas. Começou assim o “Dia Nacional de Luta contra as Reformas do Governo Lula”, na manhã desta quarta-feira, nas fábricas de São José dos Campos e região. Nem a chuva fina e constante desanimou os manifestantes, que protestaram contra a possibilidade de perderem direitos como 13º salário, férias e a própria aposentadoria.
Os metalúrgicos da GM fizeram seu protesto com uma passeata de dois quilômetros, saindo do viaduto que dá acesso à Refinaria da Petrobras até a entrada da montadora. A produção da empresa foi atrasada em duas horas na entrada do primeiro turno. Muitos trabalhadores utilizaram guarda-chuvas para se protegerem na água fina que caía às 7 horas da manhã.
Na Bundy, do setor de autopeças, também houve atraso de uma hora na produção. Os trabalhadores da Embraer Eugênio de Melo e da Heatcraft aderiram ao dia de luta descendo dos ônibus e indo a pé às portarias de suas fábricas, num trajeto que demorou 40 minutos para ser percorrido.
Também houve paralisação na LG.Philips, Gerdau, Winnstal, Swissbras e Tecsat, em São José, e na Sadefem, em Jacareí. Em todas as assembléias os trabalhadores repudiaram as propostas que modificam a legislação e reduzem direitos históricos dos trabalhadores da ativa e aposentados. Adesivos contra as reformas foram distribuídos aos metalúrgicos. Faixas e pirulitos alusivos aos ataques do governo também fizeram parte das manifestações.
Repressão policial
Nem o forte aparato policial evitou que a mobilização dos trabalhadores fosse bem sucedida. Na Swissbras, empresa das Chácaras Reunidas, em São José dos Campos, a PM agiu com arbitrariedade e violência, apesar da adesão integral dos trabalhadores ao movimento. Os dirigentes sindicais, José Donizete de Almeida e Rosângela Calzavara, foram presos arbitrariamente.
“Mesmo com a repressão policial, nada pode ofuscar a marca desse dia nacional de mobilização, que dá um forte recado ao governo Lula de que os trabalhadores não aceitam redução de direitos”, disse o secretário-geral do Sindicato e membro da Conlutas nacional Luiz Carlos Prates, o Mancha.
Protesto nacional
As ações na região do Vale do Paraíba se somam às realizadas por entidades de todo o país. Em Santos, houve bloqueio das rodovias Anchieta e Imigrantes. Na região de Campinas, houve paralisações na Bosch, Toyota e Honda (esta última estará em greve o dia inteiro).
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br
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