O ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores frustrou as expectativas dos governistas. Segundo noticiava a imprensa até o dia de ontem, a CUT esperava reunir 10 mil pessoas. Teve, porém, de se contentar com uma atividade fraca que, no auge, reuniu cerca de 600 pessoas. Os manifestantes fecharam uma pista da avenida Paulista, em frente à Fiesp, durante alguns minutos.
Separada do restante dos trabalhadores de São Paulo, a central resolveu fazer um ato de apoio ao governo Lula, reivindicando apenas o veto à Emenda 3. Os dirigentes que falaram no ato reduziram a reforma trabalhista de Lula à Emenda 3.
O secretário-geral da CUT nacional, Quintino Severo, disse que era preciso lutar contra o congresso que aprova medidas contra o povo, falsificando a realidade ao desconsiderar os projetos de ataque do governo, como a reforma da Previdência, a sindical e a trabalhista. A palavra-de-ordem cantada no ato foi “pode chover, pode molhar, que a Emenda 3 não vai passar”.
Participaram entidades como a CGTB; o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que não se moveram para paralisar as fábricas da região; o Sindiaeroespacial, sindicato fantasma da Embraer. O Sindicato dos Bancários de São Paulo também estava na atividade governista. Enquanto isso, os setores combativos da categoria estavam militando nas agências, para fazer valer a decisão de paralisação votada em assembléia na última terça-feira.
Em contrapartida, o ato convocado pelo Fórum Nacional de Mobilização, com a Conlutas à frente, já reunia cerca de mil pessoas por volta das 12h30. A atividade é contra as reformas do governo Lula e está marcada para começar às 14h.
Marisa Carvalho, direto da avenida Paulista
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