São muitas as mentiras que encaramos no dia a dia. Uma daquelas muito corriqueiras, que vira e mexe ganha corpo, é a de que "brasileiro não luta", que "o povo brasileiro é um bando de frouxo", que esse é um "povim mole" que "merece o governo que tem", que "se fosse em outro país, o povo já tava na rua", e um longo etcetera.
E desse jeito vai se reproduzindo a história oficial que entrega nossos grandes feitos aos poderosos, aos governantes de plantão e seus representantes, ou no máximo a um ou outro mártir. Quem libertou os escravos, foi a princesa dos Bragança e a luta dos afrobrasileiros foi um mero detalhe. Quem "deu" os direitos trabalhistas ao "povão" foi o ditador Getúlio e as greves dos trabalhadores, também não passaram de detalhes. Quem acabou com a ditadura militar foram os próprios militares a pedido dos EUA, as imensas manifestações em todo o país no fim das contas não tiveram grande impacto. Quem derrubou o primeiro presidente eleito após o regime militar foi a poderosa Rede Globo e a juventude que tomou as ruas não passou de massa de manobra. E assim todo o poder das lutas vai sendo negado.
Mas deixemos de lado a história que já foi escrita, e passemos a história que estamos escrevendo agora, no ano de 2007:
- Ato unificado de 23 de maio
- Greve dos servidores do IBAMA, INCRA, Cultura, Fasubra
- Greve da CSN, LG Philips
- Ocupação das obras de transposição do Rio São Francisco;
- Jornadas de ocupações de reitorias: USP, UNESP, UFAL, UFRGS, UFSM, UFMT, UFPA, UFMA,...
E não esqueçam: Dia 13 de julho, na abertura do PAN no Rio, vamos protestar contra as reformas neobliberais de Lula.
2 comentários:
Os operadores de telemarketing super-explorados da iniciativa privada também lutam.
É só lembrar da greve na Telemar em Fortaleza.
E somasse a isso inúmeras outras lutas em curso hoje.
Entretanto enfrentamos, não só aqui no Brasil como em todo mundo, um problema há muito identificado por Trotsk. A crise de direção!
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