O programa Linha Direta Justiça da TV Globo que foi ao ar nesta quinta-feira levantou o debate sobre o pedido de indenização do Cabo Anselmo, o "anjo exterminador". Seu pedido de indenização data de 2006, deve estar sendo decidido até meados de 2008 e com certeza toma uma nova conotação agora que foi exibido em um programa "global". O ex-marinheiro foi responsável pela delação de vários ativistas da luta armada contra a ditadura durante os anos 70. Entre os que Anselmo levou à morte estavam seu melhor amigo José Manoel da Silva e sua própria esposa Soledad Barret Viedma. Diferente de tantos outros que caíram nas mãos do DOPS e entregaram seus companheiros debaixo da tortura, José Anselmo dos Santos, aliou-se por vontade própria ao Delegado Fleury, ícone da tortura no Brasil, realizando ações inclusive no exterior.
O pedido é de um despropósito sem igual e caso aprovado só dá força ao argumento reacionário de que o que houve durante os anos de chumbo no Brasil (1964-1985), foi uma "guerra" com vítima dos "dois lados". Seria talvez um dos maiores casos de desrepeito aos familiares das vítimas da regime militar brasileiro.
Enquanto isso o governo Lula, após 4 anos e meio, em completo respeito às forças armadas acoberta os assassinos e torturadores desse capítulo sombrio e ainda pouco conhecido da história brasileira.
Para ler no Portal:
- As feridas da Ditadura permanecem abertas... e sangrando, artigo de 15/09/2004 de Diego Cruz
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