segunda-feira, 2 de outubro de 2006

O Sol que nasce das urnas


2006 é o ano do PSOL. O ano de sua grande ascenção e projeção nacional, lançando Heloisa Helena presidente por uma Frente de Esquerda, e a depender de como se darão os embates pós eleições o ano de seu grande declínio. Fundado em 2004, o PSOL traz desde seu nascedouro o projeto eleitoral como sua grande estratégia. A legenda não conseguiu fechar um programa comum nem naquele ano nem ainda hoje, mas desde o primeiro momento já sinalizava com a candidatura de Heloisa.

Tendo apostado fundo em sua viabilidade nas urnas o PSOL agora prova o gosto amargo de não atingir a cláusula de barreira. Cai de 7 cadeiras no congresso nacional para somente 3. E como seu único propósito comum não foi atingido, muitas desavenças guardadas nos últimos dois anos, e em especial neste, podem aflorar. Prova disso é a posição do PSOL para o segundo turno: como não conseguem garantir a unidade adotam a vergonhosa e inadmissível "neutralidade". Como para bom entendedor pingo é letra: Lula agradece.

Até onde o PSOL seguirá sendo essa coisa amorfa que nem serve para disputar eleições nem para mobilizar? A luta de classes dirá.

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