sábado, 23 de setembro de 2006

Veja com o PSDB. IstoÉ com o PT.

Estamos entrando na última semana das eleições de 2006 e dificilmente o quadro desenhado até agora se modificará, confirmando a vitória de Lula e de Serra no primeiro turno para a presidência e para o governo de SP.

De toda forma as grandes revistas buguesas de circulação nacional apostam suas útlimas fichas e suas edições pré-eleitorais fazem o esforço final em defesa de seus intereses. A Veja, tucana como sempre, aponta sua artilharia contra Lula e o caso do dossiê. A IstoÉ por outro lado, deixa em segundo plano disputa nacional e parte pra cima do Serra.


O artigo Um tiro no pé às portas da eleição de Veja pega pesado e passa longe de qualquer coisa parecida com reportagem, assumindo o formato de um manifesto contra o PT. Reparem as pérolas:
  • "Com seus métodos criminosos, o PT lançou o país em uma grave crise política"
  • "o PT terá feito algo inédito em sua rica trajetória de delinqüências"
  • "O episódio é fruto de desgoverno, da colonização do aparelho de estado por militantes petistas contaminados pela notória ausência de ética e moral da esquerda quando esquadrinha a chance de chegar ao poder – e, depois, de mantê-lo a qualquer custo"
O misterioso Abel da IstoÉ pisa no mesmo tema da edição passada, o envolvimento de Serra na máfia das ambulâncias. Seguem dois artigos da matéria de capa direto na jugular do vampiro, digo tucano, José Serra:
E para não deixar dúvida sua opção, IstoÉ manda o artigo A arma popular de Lula aonde faz um relato apaixonado da história de Lula e se refere assim ao presidente:

"Há mais de um ano que é essa a rotina de Lula – brilhar para o grande público como presidente e administrar crises em seu governo e no PT. O desempenho na primeira parte de seu papel é fulgurante. Lula tem mais de 60% de aprovação. É o presidente mais popular da história, mais que Getúlio ou Juscelino, mais que Fernando Henrique nos áureos tempos do Plano Real."

No fim das contas, jornalismo e grande imprensa burguesa são duas coisas que não combinam mesmo.

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